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Nesta quinta-feira, as atenções estarão voltadas para o Estádio Internacional Rei Fahd, em Riad, onde o francês Paris Saint-Germain enfrenta o combinado de Al-Nassr e Al-Hilal no que pode ser o último jogo com Messi e Cristiano Ronaldo em campo como adversários. A bola rola a partir das 14h e terá transmissão da ESPN.
Messi e Cristiano Ronaldo já se enfrentaram em 36 oportunidades. O argentino acumula mais vitórias (16 a 11, além de 9 empates), mas em jogos eliminatórias e finais é o camisa 7 que tem vantagem, com cinco triunfos ante quatro do campeão mundial. Em número de gols, o cenário é equilibrado. Messi foi às redes 22 vezes, Ronaldo, 21.
Messi foi escolhido o melhor jogador do mundo pela revista France Football em sete ocasiões. Já a Fifa o escolheu seis vezes. A única divergência se deu em 2021, em que a entidade apontou o polonês Robert Lewandowski. Cristiano Ronaldo, por sua vez, ostenta cinco Bolas de Ouro. Rivais em campo, nas oportunidades em que estiveram juntos, especialmente nas entregas de premiações, jamais demonstraram qualquer hostilidade. Respeito é palavra de ordem na relação entre os ícones do futebol do século.
EXIBIÇÃO
A expectativa é que além de Messi, Neymar, Kylian Mbappé e demais medalhões do PSG joguem alguns minutos no amistoso. A partida estava previamente agendada para janeiro de 2022, mas impactos da covid-19 obrigaram a remarcação da data. Para participar do jogo, o clube parisiense arrecadará 15 milhões de euros (R$ 83 milhões).
O palco do amistoso é o mesmo que recebeu a decisão da Supercopa da Espanha no último domingo, em que o Barcelona levou a melhor sobre o Real Madrid, vencendo por 3 a 1. Espera-se que o estádio esteja lotado, superando os 60 mil espectadores.
RIVALIDADE ÁRABE
Outro ingrediente para a partida é a rivalidade entre Catar e Arábia Saudita. O Paris Saint-Germain é de propriedade da Qatar Sports Investments (QSi), subsidiária de um fundo soberano criado pelo governo catariano com finalidade de aportes no setor esportivo. A QSi também é acionista do Sporting Braga, de Portugal.
O governo saudita não fica para trás neste quesito. O Fundo de Investimentos Público da Arábia Saudita (PIF, em inglês), liderado pelo príncipe herdeiro Mohammad bin Salman, pagou 300 milhões de libras (R$ 1,9 bilhão) para adquirir o inglês Newcastle e tem em vista a aquisição de mais equipes. O país tem se dedicado a se aproximar do mundo do esporte. Além de sediar a Supercopa da Espanha, passou a receber um Grande Prêmio de Fórmula 1, em Jeddah. A medida é vista como uma forma de limpar a imagem da Arábia Saudita (sportswashing), que recebe frequentes acusações de violar os direitos humanos.
ASTRO EM NOVA GALÁXIA
Após longo suspense, Cristiano Ronaldo acertou sua saída do Manchester United dias antes da Copa do Mundo do Catar. Desde então, o lusitano escutou propostas de clubes de diversos países, entre eles o Corinthians, como revelado pelo presidente alvinegro Duílio Monteiro Alves.
Seduzido pelo dinheiro saudita, Cristiano Ronaldo optou por assinar com o Al-Nassr. Seu faturamento anual será de 200 milhões de euros, cerca de R$ 1,1 bilhão na cotação atual. A estreia do português no futebol do Oriente Médio, porém, será inusual. Ele não vestirá a camisa do seu time, mas da equipe formada pelas estrelas do Al-Nassr e do Al-Hilal, batizado Riyadh All-Star XI. Vestindo a tradicional camisa 7, o lusitano terá a honra de ser o capitão do time. A primeira partida oficial de Cristiano Ronaldo pelo Al-Nassr deve acontecer no domingo, diante do Al-Ettifaq pelo Campeonato Saudita.
No amistoso com o PSG, o Riyadh All-Star XI terá como técnico o argentino Marcelo Gallardo. O ex-comandante do River Plate, bicampeão da Libertadores, foi recebido na capital saudita como um popstar e, dependendo do que conseguir demonstrar no jogo, pode pleitear a vaga de técnico em algum clube de propriedade de membros da realeza saudita.
Após a conquista da Copa do Mundo do Catar pela seleção argentina, Messi ganhou semanas de descanso ao lado da família e só retornou ao batente no PSG nos primeiros dias de janeiro. Seu retorno aos gramados foi triunfal, com gol na vitória sobre o Angers, no Campeonato Francês.
O Paris Saint-Germain, no entanto, vive momento de turbulência. Com Neymar no cerne das críticas, o clube multimilionário não está confortável na ponta do torneio nacional. Apenas três pontos o separam do Lens, vice-líder. O Campeonato Francês é visto como obrigação, dada a diferença de investimento para as demais equipes.
O bom futebol precisa ser recuperado urgentemente de olho no duelo com o poderoso Bayern de Munique pelas oitavas de final da Liga dos Campeões, cujo primeiro jogo está agendado para 14 de fevereiro. O elenco parisiense espera que esses dias distantes do país possam apaziguar os ânimos e unir o time em torno do objetivo de faturar o troféu continental com o qual tanto sonham.
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