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(FOLHAPRESS) - A atriz Klara Castanho, 22, precisou superar os próprios medos para protagonizar seu primeiro filme de terror, "Apanhador de Almas", com previsão de estreia no segundo semestre. O longa foi gravado em dezembro do ano passado, em São Paulo, e é um dos primeiros protagonizados pela atriz após ela revelar publicamente ter sido vítima de abuso sexual e ter doado o filho recém-nascido.
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O filme conta a história de quatro jovens que se conhecem em um grupo online de bruxaria e participam de um ritual durante um eclipse total do sol. Nem tudo sai como o planejado e as protagonistas ficam presas em um limbo dimensional com uma criatura poderosa: o apanhador de almas. Ele propõe um jogo mortal do qual apenas uma sairá viva. E mais não contaremos para não dar spoiler.
Em entrevista ao F5, Klara diz que se interessou pelo filme porque era diferente de tudo o que já havia feito -e adorou a experiência. "O processo de gravação me fez reconhecer novos 'talentos' em mim", conta a atriz, que admite: não consegue assistir sozinha a histórias de terror. É daquelas que precisa de alguém ao lado para se sentir segura e, mesmo assim, tapa os olhos nas cenas mais angustiantes ou assustadoras.
Essa angústia, quando bem dosada, no entanto, lhe dá um certo prazer. "Eu gosto da sensação de não saber o que esperar das próximas cenas, dos personagens, da história. É isso que mais me chama atenção no gênero [terror]."
Klara diz não ser cética em relação a assombrações e forças sobrenaturais. Em sua opinião, há, sim, "muita coisa" além do que as pessoas podem ver, saber e compreender. "Seria muito raso eu dizer que eu não acredito ou que não existem [coisas sobrenaturais]".
Ela não esconde que tem um certo medinho de espíritos e energias não palpáveis, tanto que, quando era menor, foi convidada e se recusou a participar de atividades típicas de quem tenta se comunicar com espíritos, como a "brincadeira do copo". "Para mim era além do que eu poderia aguentar de medo, mas eu via os meus amigos fazendo e ficava com medo da mesma forma."
Questionada se os seres humanos também a assustam, Klara afirma se sentir mais insegura diante daquilo que não pode ver ou encarar de frente. Mas isso não significa que ela acredite numa humanidade repleta de pessoas de boa índole, ainda mais depois de tudo o que passou.
"São medos muito diferentes e que vêm de lugares diferentes. Para mim não é uma comparação que eu possa dar um ultimato porque existe muito medo do desconhecido. Mas também existe muito medo do conhecido, do que é palpável".