Adolescente russa enfrenta pena de prisão por criticar invasão da Ucrânia

Segundo a CNN Internacional, a jovem, estudante universitária, foi também adicionada à lista de terroristas e extremistas da Rússia, na qual se incluem membros do Estado Islâmico, Al Qaeda e talibãs. 

© Reprodução/Twitter

Mundo Guerra na Ucrânia 29/01/23 POR Notícias ao Minuto Brasil

Olesya Krivtsova, uma adolescente russa de 19 anos, residente na região de Arkhangelsk, encontra-se a espera de julgamento em prisão domiciliar após ter sido acusada de desacreditar o Exército da Rússia e de ter justificado o terrorismo por criticar a invasão russa da Ucrânia. 

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Segundo a CNN Internacional, a jovem, estudante universitária, foi também adicionada à lista de terroristas e extremistas da Rússia, na qual se incluem membros do Estado Islâmico, Al Qaeda e talibãs. 

Em causa está uma publicação na rede social Instagram sobre a explosão da ponte da Crimeia, ocorrida em outubro, onde também criticou a Rússia, e a republicação de um texto de um crítica na guerra numa conversa entre estudantes na rede social social VK.

Em declarações à CNN Internacional, a mãe de Olesya, Natalya Krivtsova, afirmou que o Kremlin está a usar a filha como exemplo. “Vivemos na região de Arkhangelsk, é uma região vasta, mas demasiado afastada do centro. Já não há protestos em Arkhangelsk, por isso estão a tentar estrangular tudo o que resta na fase inicial”, afirmou.

Os problemas de Olesya com as autoridades russas começaram em maio, quando enfrentou acusações administrativas por distribuir cartazes antiguerra, mas tornaram-se mais graves com as publicações nas redes sociais. 

“Ela tem um elevado sentido de justiça, o que torna a sua vida difícil. A incapacidade de permanecer em silêncio é agora um grande pecado na Federação Russa”, declarou a mãe.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que cerca de sete mil civis morreram e mais de 11 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

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