Michelle diz que não será candidata em 2026

O posicionamento de Michelle ocorre em meio a rumores de que ela pode ser a candidata do PL ao governo do Distrito Federal

© Getty Images

Política Candidatura 06/02/23 POR Folhapress

MACEIÓ, AL (UOL/FOLHAPRESS) - A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou em postagem nas redes sociais que não tem pretensão de concorrer a nenhum cargo público em 2026.

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"Oposição, fiquem tranquilos. Eu não tenho nenhuma intenção de vir candidata a nenhum cargo eletivo", publicou Michelle Bolsonaro nos stories de seu perfil no Instagram.

O posicionamento de Michelle ocorre em meio a rumores de que ela pode ser a candidata do PL ao governo do Distrito Federal ou à presidência da República daqui quatro anos.Na semana passada, o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, disse não descartar a hipótese de ter a ex-primeira-dama na disputa pelo Planalto, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não queira concorrer ao cargo.

Publicamente, o PL não esconde o desejo de ter Michelle engajada dentro do partido. Valdemar até afirmou que vê nela a possibilidade de atrair as eleitoras para a legenda.

Para isso, o primeiro passo é colocá-la no comando do PL Mulher Nacional, conforme publicou a colunista do UOL Juliana Dal Piva. Contudo, ainda segundo Dal Piva, não é de hoje que Michelle se mostra resistente a participar ativamente da política. Em 2022, ela só teria aceitado participar da campanha de Bolsonaro à reeleição após muita insistência. Por vezes, ela desistiu de compromissos e gravações em cima da hora.

Interlocutores da família Bolsonaro avaliam que Michelle muitas vezes se sentiu alijada nos espaços de poder, sem a atenção que ela acredita merecer. A ex-primeira-dama gosta de exercer influência, mas ainda não estaria totalmente decidida a encarar uma carreira política. O PL, porém, tenta convencê-la do contrário.

O tamanho da influência de Michelle é estudado pelo PL. Avalia-se que a entrada dela na campanha pela eleição de Damares Alves para o Senado tenha sido decisiva. No episódio, a agora senadora acabou desbancando Flávia Arruda, ex-ministra de Bolsonaro. A influência de Michelle, porém, não foi suficiente para eleger o irmão, Eduardo Torres (PL-DF), na Câmara Distrital do DF.

Se Michelle realmente tentar a carreira política, ela deve enfrentar resistência familiar. A ex-primeira-dama e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, não conseguem sequer conviver. Ela barrou a presença dele no Palácio da Alvorada enquanto o casal ainda vivia lá e, depois, só viajou aos EUA quando se certificou de que Carlos não iria ficar hospedado no mesmo local.

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