Demissões em startups 'unicórnios', Google anuncia robô rival do ChatGPT e o que importa no mercado

A startup de logística Loggi, um dos unicórnios (empresas avaliadas em US$ 1 bi ou mais) brasileiros, anunciou uma nova leva de demissões nesta segunda (6), com o corte de cerca de 7% do quadro de funcionários.

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Tech NEWSLETTER-MERCADO 07/02/23 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Demissões em startups 'unicórnios', Google anuncia robô rival do ChatGPT e os destaques do mercado nesta terça-feira (7).

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MAIS DEMISSÕES NOS UNICÓRNIOS

A startup de logística Loggi, um dos unicórnios (empresas avaliadas em US$ 1 bi ou mais) brasileiros, anunciou uma nova leva de demissões nesta segunda (6), com o corte de cerca de 7% do quadro de funcionários.

A empresa não informou o número total de dispensados, mas o site Layoffs Brasil, que registra o número de desligamentos em startups, aponta 250 demissões nesta segunda.

A justificativa da startup para os cortes foi que a ação busca um aumento da eficiência operacional e resulta da avaliação criteriosa das prioridades.

Em agosto do ano passado, a Loggi havia demitido 15% do seu quadro, em um processo que também levou à troca no comando da empresa. Na época, o argumento utilizado foi o de "adaptar a companhia ao novo cenário global".

Considerando os dois cortes, cerca de 750 funcionários foram desligados nos últimos seis meses.

NÃO FOI SÓ ELA

O C6 Bank -outro unicórnio- também demitiu parte de sua equipe nesta segunda. O banco digital não informou o número de desligados, mas o site Layoffs Brasil fala em 500 demissões.

A empresa afirma tratar-se de "readequações" e diz ainda que irá manter o cronograma de contratações previstas para este ano, com objetivo de encerrar 2023 com 800 novos profissionais.

Cerca de 40% do C6 está nas mãos do banco americano JPMorgan, que comprou a fatia da fintech em 2021.

As levas de demissões desta segunda se somam às outras anunciadas por unicórnios brasileiros, que foram concentradas no primeiro semestre do ano passado.

Essas empresas tiveram que cortar na carne para se adaptar ao novo cenário de juros altos e menos dinheiro disponível para grandes aportes.

Nos EUA, foi a vez da Dell cortar cerca de 6.650 trabalhadores, ou 5% de seus funcionários em um momento de queda de vendas no mercado de computadores pessoais.

GOOGLE AGILIZA RIVAL DO CHATGPT

O Google, que vinha adotando um tom mais cauteloso na liberação ao público de seus projetos de IA (inteligência artificial), anunciou nesta segunda o lançamento do Bard, um robô gerador de texto para competir com o ChatGPT.

A big tech diz que a tecnologia está em teste e deve ser disponibilizada nas próximas semanas. A decisão veio depois da estrondosa estreia do ChatGPT, que acendeu um alerta vermelho para o motor de buscas.

A ferramenta da OpenAI conquistou 100 milhões de usuários em menos de dois meses, prazo bem menor que TikTok (nove meses), Instagram (30 meses) e Spotify (55 meses), para citar alguns apps de sucesso que atingiram esse patamar.

O ROBÔ DO GOOGLE

O Bard será lançado com uma versão mais leve do LaMDA, modelo de linguagem para aplicativos de diálogo, na sigla em inglês. O recurso baseado em IA também deve integrar o motor de buscas.

Pelo que o CEO da Alphabet, Sundar Pichai, deu a entender no blog da empresa, o Bard usará informações em tempo real para formular as respostas.

O ChatGPT, por sua vez, foi abastecido com uma gigantesca quantidade de dados até o fim de 2021, o que pode gerar respostas desatualizadas.

GUERRA DE BIG TECHS

A Microsoft, que investiu pesado na OpenAI para poder usar a tecnologia da startup em seus programas, está testando a integração de uma versão superior do ChatGPT, chamada de GPT-4, em seu motor de buscas Bing -e deve falar sobre isso nesta terça (7).

A versão também deve ser abastecida com informações em tempo real e deve trazer links com fontes dos locais de onde o conteúdo foi retirado, de acordo com prints reproduzidos pelo site especializado The Verge.

A dificuldade de garantir exatidão nos conteúdos da IA generativa é apontada como um dos fatores considerados pelas big techs para preferir um ritmo mais lento na divulgação de seus projetos. Conteúdos que podem reproduzir preconceitos também preocupam.

 

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