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Reportagem publicada pelo portal Uol relatou que o quadro de obesidade decorreu da alimentação inadequada das emas com sobras do Palácio e da Granja do Torto, então habitados, respectivamente, por Bolsonaro e pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes. Ainda segundo a reportagem, os animais não tinham acompanhamento veterinário e viviam em condições inadequadas.
Um relatório produzido pelo pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) do Distrito Federal ainda detalhou o estado de saúde de outros animais que vivem nas residências oficiais da Presidência e que teriam o quadro de saúde afetado.
O documento foi encaminhado à Casa Civil e nele consta que quatro papagaios, três araras, um periquito, um pássaro negro e dois pavões foram direcionados pelos atuais ocupantes da Alvorada - Luiz Inácio Lula da Silva e Rosângela da Silva, a Janja - para tratamento veterinário no zoológico de Brasília, onde devem receber os cuidados devidos após o diagnóstico de condições inadequadas.
"A atual gestão tomou conhecimento da situação dos animais e adotou todas as providências para adequar as instalações físicas dos animais, bem como oferecer o acompanhamento veterinário necessário. Além disso, a administração dos Palácios está cumprindo todas as recomendações dos órgãos técnicos", disse a Casa Civil em nota.
Segundo o Uol, a avaliação dos técnicos que examinaram as emas é de que a alimentação desses animais consistia em uma mistura de arroz, milho e ração, dieta que prejudica o organismo das aves e faz com que aumentem o peso de forma desproporcional. Além das emas, outros animais que vivem no Palácio do Planalto não tinham os cuidados necessários, como vacinação e atenção à reprodução.
Durante seu governo, Bolsonaro chegou a mostrar uma de caixa de cloroquina - medicamento comprovado ineficaz contra a covid-19, mas que o bolsonarista insistia em divulgar - às aves. A atitude foi vista como mais um dos seus posicionamentos críticos à pandemia do coronavírus.
Em outro momento, o ex-presidente chegou a reclamar sobre o altos gastos com a alimentação dos animais. "Você quer que eu pague do meu salário a ração pra ema? Vai no cartão corporativo", declarou, quando questionado sobre o aumento nos gastos do cartão corporativo da presidência.
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