Haddad endossa Lula e diz que juros no Brasil estão 'fora de propósito'

Em uma exposição de aproximadamente 40 minutos, o ministro da Fazenda afirmou que em nenhum país do mundo esse patamar é tão alto.

© Getty Images

Economia Banco do Brasil 14/02/23 POR Estadao Conteudo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, endossou nesta segunda-feira, 13, as críticas do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à política monetária do Banco Central e disse que os juros no Brasil são totalmente "fora de propósito".

Na primeira reunião após a eleição de Lula, o Diretório Nacional do PT vai ampliar a ofensiva contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para pressionar a instituição financeira a reduzir a taxa básica de juros (Selic) de 13,75% ao ano.

Em uma exposição de aproximadamente 40 minutos, o ministro da Fazenda afirmou que em nenhum país do mundo esse patamar é tão alto.

Na próxima quinta-feira, Haddad participará da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), ao lado de Campos Neto e da ministra do Planejamento, Simone Tebet.

O Palácio do Planalto e a cúpula do PT querem que o CMN trate, nesse encontro, da mudança da meta de inflação, hoje em 3,25%. Lula já propôs que a meta fique em 4,5% para pode ampliar os gastos públicos.

Diante da plateia formada por dirigentes e parlamentares do PT, Haddad pediu apoio às propostas que serão apresentadas em breve pelo governo, na tentativa de estabilizar a economia.

Na mesma linha, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, disse que a política do Banco Central precisa ter outra direção. "As políticas econômica e monetária precisam ter preocupação com o equilíbrio fiscal, mas também têm de envolver outras metas, como as de crescimento, geração de emprego e combate à fome", argumentou Pimenta.

Pacote

Além de lamentar a alta taxa de juros no Brasil, que impede o crescimento, Haddad também afirmou que o governo vai lançar um pacote ainda neste mês, logo após o Carnaval, para corrigir a tabela do Imposto de Renda (IR) para contemplar com isenção quem ganha até dois salários mínimos (hoje, R$ 2,6 mil).

O pacote também englobará o aumento do próprio mínimo, que hoje está em R$ 1.302. O ministro não mencionou o novo valor do mínimo, mas a expectativa é a de que fique em R$ 1.320.

As medidas que serão divulgadas após o carnaval incluirão, ainda, o programa Desenrola, que prevê a renegociação de dívidas, com juros menores, de quem ganha justamente até dois salários mínimos. Pelos cálculos da Fazenda, há cerca de 70 milhões de endividados no País.

PUB

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica Tiü França Há 16 Horas

Dono de carro que explodiu em Brasília anunciou atentado na internet

politica Brasil Há 18 Horas

Suspeito de explosões tentou invadir STF antes de morrer; veja as imagens

fama Luciano Camargo Há 17 Horas

Luciano fala sobre suposto afastamento de Zezé: "Meu tempo é caro"

fama Gisele Bündchen Há 17 Horas

Gisele Bündchen exibe pela primeira vez barriguinha de grávida em evento

mundo Casamento Há 18 Horas

Casal prepara casamento dos sonhos, mas convidados não aparecem; veja

fama Silvio Santos Há 15 Horas

Fã mostra foto da lápide de Silvio Santos, sepultado em local restrito

fama Fernanda Montenegro Há 16 Horas

Aos 95 anos, atriz Fernanda Montenegro entra para o Guinness

esporte Flamengo Há 16 Horas

Filipe Luís: 'Gabigol não será mais relacionado para jogos do Flamengo até segunda ordem'

lifestyle Doenças oncológicas Há 16 Horas

Câncer colorretal: sintomas iniciais e importância do diagnóstico precoce

politica Atentado Brasília Há 10 Horas

Imagens mostram autor do ataque ao STF detonando explosivo em Brasília