© Getty Images
A cerimônia foi aberta com um discurso do presidente da Fifa, Gianni Infantino, em homenagem a Pelé. O telão mostrou imagens históricas do Atleta do Século, sobretudo gols em Copas do Mundo, com a voz do Rei ao fundo, fazendo comentários sobre a sua extraordinária carreira.
"Das quatro Copas que joguei a de 1970 foi a que eu considero a melhor", foram algumas das palavras de Pelé que a organização escolheu exibir. "Eu dei tudo da minha vida ao futebol brasileiro e à seleção", disse o Rei quando se aposentou, em 1º de outubro de 1977.
Ronaldo foi chamado ao palco para falar sobre o maior jogador da história. "Quando ele jogava, o mundo era ainda mais racista que hoje. Ele mostrou que o negro pode ser melhor, mais bem-sucedido e pode vencer o racismo. Essa luta não acabou, mas peço que todos se inspirem no exemplo do Rei Pelé", afirmou Ronaldo, citando a luta antirracista do Rei e seu impacto também fora dos gramados. "Esse legado será eterno".
Márcia Aoki subiu ao palco para receber de Ronaldo um troféu da Fifa em tributo ao Rei do futebol. "Tenho poucas palavras para dizer. "Deus nos deus Edson, Edson nos deu Pelé e o mundo tão bem recebeu ambos", discursou a viúva do Rei.
Jairzinho, campeão mundial em 1970 e que tanto conviveu com Pelé, também foi ouvido sobre as memórias que tem do Rei. "Agradeço a oportunidade de ter jogado uma Copa com ele. Ele fazia tudo com muita naturalidade e inteligência", exaltou. "O Pelé era o espelho de todas as condições que um atleta tem que desenvolver".
O tributo durou cerca de 15 minutos e foi encerrado com Seu Jorge, que cantou e tocou seu violão sentado no palco enquanto imagens de Pelé em preto e branco eram exibidas ao fundo e a viúva do Rei chorava sentada na plateia.
Pelé nunca ganhou o prêmio da Fifa porque a escolha só premiava jogadores europeus e atletas que atuavam na Europa. Como Pelé teve sua carreira construída no Santos e depois no Cosmos, dos EUA, o melhor jogador de todos os tempos nunca recebeu a premiação enquanto jogava.
A revista France Football, que seguia os mesmos critérios, reviu sua decisão após mudanças nas regras da eleição e, em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, a segunda na história do País, deu a Pelé o título de Bola de Ouro nas edições retroativas de 1958, 59, 60, 61, 1963, 65 e 1970, quando ele conduziu a seleção brasileira na conquista do tricampeonato mundial. Fora sete prêmios. Somente Messi tem o mesmo número de conquistas.
PUB