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"Eu pretendo ir ao Brasil ainda este mês", revelou Jair Bolsonaro em entrevista à NBC News, sublinhando que o seu regresso não tem qualquer relação com a investigação que está decorrendo para apurar se tentou mobilizar os seus apoiantes a invadir a Praça dos Três Poderes, em Brasília, após a sua derrota eleitoral.
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"Não fui citado em absolutamente nada", disse, referindo-se ao processo que está a decorrer na sequência da manifestação de 8 de janeiro, quando um grupo de apoiantes de Bolsonaro invadiu o Palácio Presidencial, o Congresso e a Suprema Corte para condenar os resultados das eleições, à semelhança do que tinha acontecido dois anos antes nos Estados Unidos, quando os apoiantes de Donald Trump ocuparam o Capitólio.
O ex-presidente justificou a sua inocência dizendo que na altura do motim "não era mais presidente e estava fora do Brasil", isto porque no final de dezembro Bolsonaro trocou a sua residência no Brasil por uma na Florida, nos Estados Unidos.
Bolsonaro salientou ainda que todos os protestos ocorridos nos últimos quatro anos no Brasil "foram pacíficos" e que a culpa do ocorrido em janeiro é da "esquerda": "Nosso povo nunca faria o que o povo fez em 8 de janeiro. Então, estamos cada vez mais certos de que foram pessoas de esquerda que planejaram tudo isso."
Novamente este fim-de-semana, Bolsonaro recusou-se a admitir que perdeu as eleições para Lula da Silva, que venceu à segunda volta com 50,9% dos votos contra 49,1% para Bolsonaro.
"O povo brasileiro protestou contra os resultados das eleições e o outro lado -- o povo -- não comemorou a eleição do outro candidato", acrescentou, sublinhando que teve "mais apoio em 2022 do que em 2018".