Após enchente, prefeitura diz que entrará na Justiça para derrubar muro em Moema

De acordo com Nunes, o muro, que fica na altura do número 900, impede o escoamento da água por uma viela sanitária cuja função é melhorar o fluxo da água quando chove.

© Amanda Perobelli/Reuters

Brasil PREFEITURA-SP 11/03/23 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou neste sábado (11) que entrará com uma ação judicial para derrubar o muro de um condomínio da rua Gaivota, em Moema, zona sul paulistana. A medida foi anunciada após uma enchente causar a morte de Nayde Pereira Cappellano, 88.

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De acordo com Nunes, o muro, que fica na altura do número 900, impede o escoamento da água por uma viela sanitária cuja função é melhorar o fluxo da água quando chove.

A barreira, de acordo com o prefeito, resulta em enchentes como a registrada na rua Gaivota na última quarta-feira (8). Na ocasião, o carro em que Nayde estava foi arrastado pela água e ficou parcialmente submerso, fazendo com que ela ficasse presa.

"O importante é que vamos agora ingressar com ação judicial [...] para que possamos ter a liberação desse espaço e retomar a viela sanitária que hoje está sendo utilizada de forma privada e atrapalhando aqui a drenagem", disse o prefeito.

Segundo ele, a região já era um local de acúmulo de água, mas a barreira faz com que o volume acumulado seja muito maior do que o normal, atingindo até dois metros de altura.

O prefeito mencionou o espaço hoje é usado com interesse privado do condomínio, "com construção de piscinas, churrasqueiras e quadras de futebol".

A prefeitura diz que já buscava adotar medidas judiciais para liberar a viela sanitária.

Na última quinta (9), Nunes esteve na região atingida pela enchente e afirmou que acionou a Procuradoria-Geral do Município para tomar medidas judiciais para derrubar o muro.Neste sábado, ele afirmou que o condomínio havia sido notificado em 2018 sobre a irregularidade da construção.

Outras medidas também foram anunciadas pelo prefeito neste sábado, como ampliação de grelhas para que a água da chuva possa escoar para as galerias e a construção de jardins de chuva de forma a melhorar a permeabilidade da região.

Mesmo assim, o prefeito afirma que essas duas medidas são de caráter emergencial. "É algo que resolve? Não. É algo que vai ser utilizado para minimizar e ampliar a capacidade de entrada da água", disse. Segundo Nunes, a desobstrução do muro é a ação mais importante de ser tomada.

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