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Os representantes da guerrilha que participam da mesa negociadora pelo fim do conflito com o governo colombiano em Havana defenderam a criação do Poder Popular.
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O negociador das Farc, Andrés París, leu um comunicado com a sugestão. Pela proposta, o novo poder terá reconhecimento constitucional e será um instrumento de controle no âmbito dos tratados e acordos dos quais o Estado colombiano é signatário.
“Deve-se estimular a participação popular nos processos de integração da América Latina e, ao mesmo tempo, promover uma nova ordem econômica internacional democrática e participativa”, destaca o texto.
O controle social e popular também é, na visão das Farc, uma ferramenta para fiscalizar os tratados de livre comércio e acordos de integração, que devem ser submetidos a processos de consulta.
A guerrilha voltou a defender a convocação de uma Assembleia Constituinte, embora o governo do país tenha reiterado, em algumas ocasiões que não discutirá temas que estejam fora da lista preestabelecida.
As negociações iniciadas em outubro do ano passado discutem cinco pontos: o desenvolvimento agrário, tema para o qual já há um acordo parcial; participação política dos guerrilheiros após o fim do conflito e garantia de oposição; reparação de vítimas; soluções para o problema do narcotráfico, e mecanismos para o cumprimento dos acordos celebrados.