© Cesar Greco/Palmeiras/By Canon
Donos da melhor campanha da fase de grupos, os comandados de Abel venceram o São Bernardo nas quartas de final e agora superaram o Ituano - nos dois jogos, vitórias apertadas pelo placar mínimo. Neste domingo, o Palmeiras criou várias chances, mas esbarrou nos erros de finalização e na ótima atuação do goleiro Jefferson Paulino.
É a quarta decisão seguida da equipe alviverde. Na sequência, o time foi campeão em 2020 e 2022 e vice em 2021. Desde que o Estadual passou a ser disputado com mata-mata, em 1973, o Palmeiras nunca havia conseguido chegar a quatro finais consecutivas. A única sequência disputando finais foi em 1992 (vice) e 1993 (campeão). A vitória também representa mais um triunfo na trajetória vitoriosa do técnico Abel Ferreira, que se isola como o treinador com mais finais na história do clube: ele estava empatado com Luiz Felipe Scolari com dez decisões. O português busca neste Paulista sua sétima taça pelo clube.
Depois de vencer o Santos na fase de grupos, quando brigava para não ser rebaixado, o Ituano superou o Corinthians nos pênaltis, dentro da Neo Química Arena, mas neste domingo parou nas dificuldades de enfrentar um rival superior tecnicamente fora de casa.
O roteiro da semifinal já era esperado: o time da casa com o leme da partida nas mãos enquanto o Ituano em busca de contra-ataques. Foi um jogo de paciência, mais cadenciado, sem uma pressão inicial para marcar logo o gol. Por causa da organização do rival, o início foi mais difícil do que sugeria as trajetórias dos dois times no torneio, o dono da melhor campanha contra um time ameaçado pelo rebaixamento na fase de grupos.
Mesmo em ritmo mais cauteloso, mas com enorme volume de jogo, as chances foram claras com Gabriel Menino, aos 11, e Breno Lopes, aos 21, a melhor delas que acabou em grande defesa de Jefferson Paulino. No final do primeiro tempo, o Ituano mal conseguia concatenar um ataque: a bola batia e voltava.
O Palmeiras criava tantas chances porque tinha jogadores melhores tecnicamente que criavam variações ofensivas, a maioria delas pelos lados do campo. Além disso, Veiga e Menino atuavam como meias ofensivos, pisando na área para finalizar. O problema foram os erros nas finalizações. E o time também esbarrou em uma grande atuação do goleiro do Ituano: ele salvou um chute forte de Menino aos 3 do segundo tempo.
Depois de tantas oportunidades, o Palmeiras abriu o placar aos 12 do segundo tempo. Gustavo Gómez ganhou a disputa pelo alto e a bola sobrou para Murilo completar. Os jogadores de Itu reclamaram de falta, mas o árbitro Flávio Rodrigues de Souza validou o gol com auxílio do árbitro de vídeo. A vantagem não diminuiu o ritmo do Palmeiras, que continuou pressionando e criando chances - o goleiro do Ituano se firmou como um destaques do jogo e do torneio.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 1 X 0 ITUANO
PALMEIRAS - Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Gabriel Menino (Fabinho), Zé Rafael, Raphael Veiga (Jaílson) e Bruno Tabata (Breno Lopes); Dudu (Mayke) e Rony (Navarro). Técnico: Abel Ferreira.
ITUANO - Jefferson Paulino; Raí Ramos, Claudinho, Bernardo e Iury; Lucas Siqueira (Matheus), Eduardo Person, José Aldo (Rafael) e Gabriel Barros (Hélio); Paulo Victor (Filipe Saraiva) e Quirino (Rafael Silva). Técnico: Gilmar Dal Pozzo
GOL - Murilo, aos 12 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO - Flávio Rodrigues de Souza.
CARTÕES AMARELOS - Murilo (Palmeiras) e Claudinho (Ituano).
PÚBLICO - 40.664 pagantes.
RENDA - R$ 3.148.583,33.
LOCAL - Allianz Parque.
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