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Os 45 analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Broadcast Projeções na última semana preveem de forma unânime manutenção da taxa Selic em 13,75% nesta reunião. Apesar da pressão do governo pela redução dos juros, a autoridade monetária indicou na reunião de fevereiro a manutenção da Selic em 13,75% por "período mais prolongado do que no cenário de referência". E manteve o alerta de que, caso a desinflação não ocorra como o esperado, os juros podem inclusive voltar a subir.
Hoje, o Copom mira os anos de 2023 e - com maior peso - 2024 em sua estratégia de convergência da inflação à meta. Desde a virada do ano, as expectativas para esses horizontes e para prazos mais longos estão em uma escalada devido a preocupações fiscais e com a meta de inflação. O BC já descumpriu seu mandato de controle de preços em 2021 e 2022 e vai pelo mesmo caminho para 2023, conforme a estimativa mediana do Boletim Focus.
Das 45 instituições consultadas pelo Broadcast Projeções, 30 esperam o início do ciclo de cortes da Selic ainda em 2023, sendo seis já no segundo trimestre, 13 no terceiro e 11 no quarto. As 15 demais instituições esperam cortes só em 2024. A mediana agora indica juros em 12,5% no fim de 2023, ante 12,75% no levantamento realizado após a ata da reunião de fevereiro. A estimativa intermediária para o fim de 2024 avançou de 10,13% para 10,25%, e, para o fim de 2025, recuou de 10,13% para 9,0%.
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