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A representação tem como base a declaração de Lula sobre o plano articulado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar o senador Sérgio Moro (União-PR). O presidente afirmou desconfiar de uma 'armação'.
"Quero ser cauteloso. Vou descobrir o que aconteceu. É visível que é uma armação do Moro. Eu vou pesquisar e saber o 'porquê' da sentença. Até porque fiquei sabendo que a juíza (Gabriela Hardt, da 9.ª Vara Federal de Curitiba) não estava nem em atividade quando deu o parecer para ele", disse Lula.
"Eu não vou ficar atacando ninguém sem ter provas. Eu acho que é mais uma armação e, se for mais uma armação, ele (Moro) vai ficar mais desmascarado ainda. Não sei mais o que ele vai fazer da vida se continuar mentindo como está mentindo. Mas o Moro não é minha preocupação", acrescentou.
Marinho afirma que o presidente usou o cargo para espalhar informações falsas e desacreditar a investigação da Polícia Federal (PF).
"Questionar o trabalho desenvolvido pela Polícia Federal, pelo Ministério da Justiça e pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, sem qualquer embasamento e a partir de notícias sabidamente falsas, é atentar contra as instituições republicanas. O direito à liberdade de expressão do Presidente da República não é absoluto", argumenta o senador.
Na véspera da operação que prendeu nove suspeitos de envolvimento no plano de sequestro, Lula relembrou em uma entrevista o tempo que passou preso em Curitiba, por ordem de Sérgio Moro, que na época era juiz da Operação Lava Jato, e admitiu que pensava em vingança: "Só vou ficar bem quando foder com o Moro".
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