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O ciclone tropical Freddy atingiu Moçambique no final de fevereiro e deixou um rastro de destruição, afetando milhares de pessoas em todo o país. De acordo com o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), mais de nove mil pessoas estão isoladas e sem assistência humanitária nos distritos de Luabo e Chinde, na província da Zambézia, no centro do país.
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O responsável do INGD na província da Zambézia, Hélder da Costa, explicou à emissora pública Rádio Moçambique que a ajuda alimentar não consegue alcançar as comunidades dos distritos devido à destruição das estradas e à interrupção do tráfego fluvial, causada pela enchente do rio Zambeze.
O ciclone Freddy foi um dos mais duradouros e de maior trajetória das últimas décadas, tendo viajado mais de 10.000 quilômetros desde que se formou ao largo do norte da Austrália em 4 de fevereiro e atravessou todo o oceano Índico até a África Austral. O ciclone atingiu pela primeira vez a costa oriental de Madagáscar em 21 de fevereiro e retornou à ilha em 5 de março, deixando um rastro de 17 mortos e 300.000 pessoas afetadas.
Em Moçambique, o ciclone teve seu primeiro impacto em 24 de fevereiro e voltou a tocar a terra em meados de março, causando pelo menos 165 mortes, de acordo com o balanço oficial.
No total, o ciclone tropical Freddy matou 605 pessoas no Malawi, Moçambique e Madagáscar.
A situação em Moçambique continua sendo uma grande preocupação para as autoridades, que trabalham incansavelmente para prestar assistência humanitária às vítimas e restaurar a infraestrutura afetada.