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No começo de março, a colunista do Broadcast Irany Tereza adiantou que a ideia do BNDES é a de disponibilizar um cardápio de opções e negociar com o tomador do empréstimo a escolha dos juros de cada contrato.
Atualmente, a Taxa de Longo Prazo (TLP) do BNDES é composta pela variação do IPCA e pela taxa de juros prefixada das NTN-B. No plano do banco de fomento, passariam a ser aceitos também a indexação à LFT (pós-fixado que segue a variação da Selic) e à LTN (prefixado do Tesouro), este com remuneração baseada no valor de face, ou seja, o valor investido somado à rentabilidade na data do vencimento.
"Até agora, o que o BNDES propôs foi graduar as taxas de juros, mantendo a taxa média no patamar do atual. Até hoje, a discussão pública e conosco foi essa, e aí está se discutindo isso. Mas não tem um desenho que foi definido e nos apresentado", afirmou o ministro à Folha, na entrevista publicada na edição de hoje.
Haddad se esquivou de comentar se é favorável a um aumento de desembolso do BNDES. Ele disse que, "em abstrato", seria interessante que o banco de fomento tenha um papel no financiamento de alguns projetos, mas pontuou que o mercado de capitais no País é "muito superior" ao dos primeiros mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Na hora em que o mercado de capitais retomar voltar a crescer, em que a taxa de juros cair, qual o espaço para o BNDES? Com que objetivo? Vamos pensar. Pode atuar mais em infraestrutura, mais em PPPs? Pode atuar mais em transição ecológica, em inovação? Qual o novo BNDES que pode surgir a partir dessa nova realidade? Não sou alérgico a discussão sobre isso, pelo contrário", disse Haddad.
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