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Durante audiência na Comissão do Trabalho da Câmara, Marinho disse que o valor de R$ 1.320 anunciado por Lula para o salário mínimo a partir de 1º de maio garante um "bom índice" de ganho real para os trabalhadores, mas ainda não é suficiente.
"Nós queremos encaminhar também a política da retomada da valorização permanente do salário mínimo. Evidentemente, estamos estudando quanto tempo vamos propor, se é 20 anos, 30 anos, 15 anos. Evidentemente que a cada novo PPA Plano Plurianual se pode fazer a revisão da eficiência da política estabelecida", declarou o ministro. "Nós deveremos consolidar em breve esse trabalho. No retorno do presidente Lula da China, devemos levar a ele os parâmetros para fecharmos com as centrais sindicais essa questão do salário mínimo", emendou Marinho.
Na visão do ministro, a política de aumento real do salário mínimo estabelecida nas gestões anteriores do PT teve uma eficiência "muito grande" e impactou na distribuição de renda. Marinho refutou argumentos de que a valorização do mínimo poderia gerar aumento do desemprego, da informalidade e da inflação. "Impactou positivamente na formalização do mercado de trabalho", disse.
Em discurso na comissão, o ministro do Trabalho voltou a criticar a condução da política monetária pelo Banco Central, chamou o atual nível da Selic, em 13,75% ao ano, de "inaceitável" e disse que há um "clamor" na sociedade, inclusive entre banqueiros, pela queda nos juros.
"Os juros brasileiros se encontram num patamar inaceitável. Isso deve ser um tema para a Comissão do Trabalho", afirmou Marinho.
Segundo ele, um ciclo de queda na taxa básica de juros agora provocaria uma geração em massa de empregos no Brasil.
O ministro também voltou a dizer que entre as prioridades de sua pasta estão a revisão de pontos da reforma trabalhista e da estrutura sindical, uma solução para o que chamou de "precarização" dos trabalhadores de aplicativo e o "conserto" do saque-aniversário do FGTS. O fundo, segundo ele, tem que voltar a ser uma fonte de desenvolvimento e não de "angústia" para os trabalhadores.
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