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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um clube de atiradores realizou um curso de tiro para crianças no último dia 1º de abril. A empresa foi alvo de críticas nas redes sociais após a divulgação de fotos dos menores empunhando armas do tipo "airsoft".
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O curso chamado "Projeto Hunter Atirador Mirim" foi promovido pelo Clube de Caça e Tiro Hunter, em Jataí, no Sudoeste de Goiás.
O clube compartilhou, nas redes sociais, diversas fotografias de ao menos 15 crianças no dia das aulas. Nas imagens, é possível ver os menores segurando as armas de pressão.
O uso da arma de airsoft é permitido para a prática de tiro desportivo, e a venda pode ser feita legalmente a maiores de 18 anos.
Nesta quinta-feira (13), a promotora Patrícia Galvão, titular da 7ª Promotoria de Justiça, recomendou que as aulas sejam interrompidas "imediatamente", informou o Ministério Público de Goiás.
A recomendação diz ainda que não seja realizada qualquer atividade prática ou teórica de tiro desportivo, ainda que com arma de pressão ou simulacros em geral, com crianças e adolescentes menores de 14 anos.
O clube também deverá comunicar publicamente o cancelamento das aulas nas redes sociais. O descumprimento da recomendação poderá acarretar a responsabilização cível e criminal dos envolvidos.
O QUE DIZ A EMPRESA
O clube justificou que foi feito um "evento recreativo para crianças e adolescentes, onde os pais dos menores fizeram as respectivas inscrições de seus filhos, bem como assinaram termo de autorização".
A empresa alega ainda que a intenção do evento foi ensinar o manuseio do airsoft, "sobretudo para demonstrar que mesmo a arma de brinquedo tem as suas regras de utilização que devem ser respeitadas."