Região da cracolândia do centro de São Paulo tem 227 roubos e furtos em uma semana

As ocorrências foram registradas entre os dias 3 e 9 de abril no 3º DP (Campos Elíseos) e no 77º DP (Santa Cecília). Na plataforma, só há dados disponíveis a partir do dia 3 e, por isso, não é possível compará-los com a semana anterior.

© Shutterstock- imagem de arquivo

Justiça CRACOLÂNDIA-SP 15/04/23 POR Folhapress

LEONARDO ZVARICKSÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As ruas e avenidas do entorno da cracolândia, no centro de São Paulo, acumularam 227 roubos e furtos em uma semana, de acordo com plataforma lançada pelo governo estadual.

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As ocorrências foram registradas entre os dias 3 e 9 de abril no 3º DP (Campos Elíseos) e no 77º DP (Santa Cecília). Na plataforma, só há dados disponíveis a partir do dia 3 e, por isso, não é possível compará-los com a semana anterior.

Foram em média 32 crimes por dia, a maior parte concentrada no entorno da praça da República e nas ruas próximas de locais em que dependentes químicos se reúnem para consumir crack. Entre elas, estão as ruas Aurora e dos Timbiras e as avenidas Rio Branco e São João.

Os dados mostram que pedestres são os alvos preferenciais dos criminosos, que normalmente atacam à noite ou durante a madrugada. No período analisado, 109 pessoas se tornaram vítimas quando circulavam a pé pela região, e na maioria dos casos houve violência ou ameaça pelos assaltantes.

Entre todas as vítimas, 152 tiveram os celulares levados pelos ladrões, o que corresponde a um terço do total de ocorrências. Os aparelhos, muitas vezes são vendidos na mesma região para quadrilhas de receptadores.

Atualmente, de acordo com dados do governo estadual, todos os dias mais de 1.300 pessoas frequentam as cenas de uso aberto de crack da capital.

Desde o início do ano passado, quando prefeitura e governo estadual iniciaram uma série de ações com o intuito de dispersar a cracolândia, o chamado fluxo deixou de ter ponto fixo e chegou a locais que antes não conviviam diretamente com o problema.

Comerciantes foram obrigados a fechar as portas de seus estabelecimentos. Aqueles que continuam abertos sofrem com a perda de movimento e lidam com o medo de saques, como o ocorrido na semana passada em uma farmácia da avenida São João.

Procurada, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) disse por meio de nota que no primeiro trimestre deste ano houve a prisão de 1.861 pessoas na área do 3º DP e 77º DP. Ainda assim, segundo dados da pasta, 34% dos presos por furtos e 57% presos por receptação acabam retornando nos dias seguintes à região da cracolândia.

Ainda de acordo com a secretaria, o efetivo de policiais militares em atuação no centro foi ampliado em 30% e desde o fim de março as equipes prenderam 35 pessoas e recuperaram 23 celulares na área. Já o trabalho da Polícia Civil levou 96 pessoas à prisão e recuperou 91 celulares.

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