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Na reunião com Al Nahyan, Lula lembrou que esta é a sua segunda visita ao país e agradeceu a recepção. O presidente destacou a "rica" parceria entre os países e falou em cooperação no comércio, esportes e inteligência artificial. "A parceria entre nossos países está amparada em ricas conexões nas mais diversas áreas, traduzida nos números expressivos do nosso comércio, na cooperação em esportes e em inteligência artificial", disse.
A primeira visita do petista aos Emirados Árabes ocorreu em 2003. A segunda viagem oficial de autoridade brasileira ao país foi em 2021, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), assinou memorando de entendimento entre o Estado e a Refinaria de Mataripe para a construção de uma planta de diesel verde e querosene de aviação sustentável, com investimento de R$ 12 bilhões nos próximos dez anos. Os ativos da refinaria foram vendidos em 2021 para o Mubadala Capital, fundo financeiro de Abu Dhabi. A venda ocorreu durante a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro aos Emirados Árabes naquele ano. Também foram assinados documentos de acordo sobre ação climática e para cooperação entre o Instituto Rio Branco, escola diplomática do Brasil, e a Academia Diplomática Dr. Anwar Gargash.
Lula foi recebido com uma apresentação da Al Fursan, a esquadrilha da fumaça da Força Aérea dos Emirados Árabes, que deixou rastro das cores verde, amarelo e azul sobre o Palácio Presidencial durante a chegada do petista. Em seguida, após a reunião com Al Nahyan, o presidente foi participou de um Iftar, refeição islâmica celebrada no pôr do sol. Um convite para esta ceia é sinal de prestígio na cultura islâmica, uma vez que ela encerra o jejum diário durante o mês do Ramadã.
China
Nesta sexta-feira, 14, o petista se reuniu com o presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim, para a assinatura de acordos bilaterais, no compromisso mais importante da viagem. Ao falar com jornalistas na saída, Lula disse ter conversado com Xi Jinping sobre a guerra na Ucrânia e defendeu a criação de um grupo de países dispostos a buscar a paz na região. Ele argumentou que os Estados Unidos e a Europeia também busquem a paz e parem de "incentivar" o conflito, por meio do fornecimento de armas.
Antes da assinatura de acordos na capital chinesa, Lula teve encontros com empresários dos setores de tecnologia, energia e infraestrutura. Uma das expectativas dessas conversas é atrair investimentos de empresas chinesas para o Brasil. O presidente também discursou na posse de Dilma Rousseff no Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como Banco dos Brics, onde questionou o uso do dólar como moeda para a realização de negócios internacionais.
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