Funcionários do Google criticam Bard, rival do ChatGPT

Um dos 18 funcionários entrevistados pela agência de notícias disse que, para explicar como pousar um avião, o Bard dava sugestões que levariam a um acidente

© Shutterstock

Tech INTELIGÊNCIA-ARTIFICIAL 21/04/23 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Mentiroso patológico" e "constrangedor" foram alguns dos adjetivos que funcionários do Google encontraram para descrever o chatbot Bard pouco antes de seu lançamento, em março.

PUB

As críticas, contudo, não mudaram a estratégia da empresa para tentar emplacar sua própria inteligência artificial generativa. A corrida para integrar o Bard aos seus produtos se acirrou desde que a OpenAI lançou o ChatGPT em novembro, quatro meses antes.

Segundo a Bloomberg, que teve acesso a mensagens internas da empresa, a pressa por vencer essa disputa faz o Google fornecer informações de baixa qualidade e deixar de lado seus compromissos éticos.

Um dos 18 funcionários entrevistados pela agência de notícias disse que, para explicar como pousar um avião, o Bard dava sugestões que levariam a um acidente.

Segundo empregados e ex-empregados, o grupo que trabalha com ética dentro da empresa está desmoralizado. Responsáveis por questões éticas e segurança dos produtos foram instruídos a não atrapalhar nem tentar cancelar ferramentas de IA generativas em desenvolvimento.

A equipe que trabalha com desenvolvimento de IA responsável demitiu ao menos três membros na rodada de demissões na empresa em janeiro, incluindo o chefe de governança e programas. Ao todo, os cortes afetaram cerca de 12 mil funcionários do Google e de sua controladora, a Alphabet.

Em comunicado à Bloomberg, o Google disse que desenvolver uma IA responsável continua sendo uma prioridade na empresa. "Continuamos a investir nas equipes que trabalham para aplicar nossos Princípios de IA à nossa tecnologia", disse um porta-voz.

O Google declarou um "alerta vermelho" em resposta ao lançamento do ChatGPT para colocar produtos de inteligência artificial em operação -sua prioridade central no momento, segundo o jornal The New York Times. O objetivo da empresa é fazer com que a sua IA generativa se integre a outros produtos e revitalize seu mecanismo de busca, posto em xeque com o lançamento do chatbot da OpenAI e, em seguida, do novo Bing, da Microsoft.

Leia Também: Google libera o Bard, rival do ChatGPT

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo EUA Há 10 Horas

Modelo mata o marido após confessar traição

fama Alexandre Iodice Há 9 Horas

Marido reage após declaração de Adriane Galisteu sobre Ayrton Senna

economia LEILÃO-CAIXA Há 9 Horas

Caixa faz leilão de mais de 1.500 imóveis em dezembro; saiba como participar

esporte Argentina Há 9 Horas

Ex-jogador argentino é suspeito de jogar a esposa do sétimo andar

politica Bolsonaro Há 10 Horas

Moraes libera Bolsonaro para ir ao funeral da mãe de Valdemar, mas ex-presidente desiste

fama ANDRESSA-URACH Há 10 Horas

Urach se manifesta ao ser investigada por apologia à zoofilia

esporte SUPER-MUNDIAL Há 11 Horas

Veja potes e o que se sabe sobre o Mundial de Clubes de 2025

mundo EUA Há 10 Horas

Menino de 8 anos morre após estátua cair sobre ele em resort nos EUA

economia GOVERNO-PROGRAMA Há 8 Horas

PEC do corte de gastos desobriga governo de manter programas em andamento para cumprir meta

mundo ARGENTINA-GOVERNO Há 8 Horas

Argentina anuncia reforma migratória que pode afetar brasileiros no país