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Nos últimos anos, a corrida entre as farmacêuticas pelo desenvolvimento de remédios contra obesidade tem se acelerado. Dois deles - Ozempic e Wegovy - têm recebido recomendação off label (fora das indicações da bula) por médicos e sido amplamente divulgados por influenciadores nas redes sociais.
Entidades médicas alertam para os riscos do uso indiscriminado desses produtos. Ponderam também sobre a necessidade de avaliar, em cada caso, as melhores estratégias para perda de peso, que incluem mudanças alimentares e exercícios físicos.
Segundo o laboratório, os novos dados reforçam estudos anteriores, em que o medicamento ajudou, conforme a empresa, participantes sem diabete a perderem até 22% do peso com injeções semanais. Para pacientes comuns tratados com a maior dose possível do remédio nos testes anteriores, diz a Eli Lilly, a perda superou 22 quilos.
"Não tínhamos visto esse grau de redução do peso", diz Nadia Ahmad, diretora médica de desenvolvimento clínico para a obesidade da Eli Lilly.
A farmacêutica pretende pedir registro na Food and Drug Administration (FDA), equivalente à Anvisa nos Estados Unidos, para que o produto seja vendido para emagrecimento.
Vendas
No Brasil, a liberação do medicamento para uso contra a diabete ainda está sob análise da Anvisa. Se aprovado para tratar perda de peso, o Tirzepatida pode se tornar a droga mais eficiente até hoje em um arsenal de medicamentos que estão mudando o tratamento da obesidade, relacionada a dezenas de doenças que levam à incapacidade ou até à morte.
Analistas da indústria preveem que o Tirzepatida poderia se tornar um dos remédios mais comercializados, com vendas anuais superando a cada dos US$ 50 bilhões. Espera-se que ele ultrapasse as vendas do Ozempic e do Wegovy. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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