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Um dia depois de ser apresentado como técnico e comandar a primeira atividade em campo, Vanderlei Luxemburgo estreia nesta terça-feira, às 21h, Neo Química Arena, pela Libertadores, com múltiplas obrigações diante do Independiente del Valle. A primeira é vencer depois da derrota na semana passada em casa para o Argentinos Juniors; a segunda é estabelecer a trégua com a torcida e recuperar o elenco emocionalmente depois dos protestos que levaram à demissão de Cuca.
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Embora o nome do treinador ainda não tenha sido publicado pelo Boletim Informativo Diário (BID), o Corinthians já confirmou que ele estará no banco de reservas. Para conseguir a vitória, necessária em função dois jogos que o time fará fora de casa nas próximas rodadas, Luxemburgo tem lições de casa na defesa e no meio. Os defensores vêm sofrendo com mudanças constantes na escalação. No último jogo, Murilo, de 20 anos, estreou. Os jogadores mais experientes, como Gil, Fábio Santos e Fagner, devem ser mantidos.
No meio, o novo treinador tem de resolver um problema que se arrasta desde a eliminação precoce no Campeonato Paulista: a falta de criatividade do time sem Renato Augusto. Na derrota para o Palmeiras, o técnico Danilo Andrade, que comanda o time sub-20, tentou recuar Róger Guedes para a função, mas não deu certo. Giuliano e Adson devem dividir o papel de armação. Esse é o ponto central para o time superar um time bem armado, que bateu o São Paulo na final da Copa Sul-Americana do ano passado.
Luxemburgo não deve fazer grandes mudanças na escalação e focar no aspecto motivacional, destacando que a equipe fez um jogo razoável contra o Palmeiras, principalmente no segundo tempo. Experiente, o técnico sabe que não é o momento de cobrar, mas de incentivar.
O Corinthians está na segunda colocação do Grupo E, com três pontos. A equipe equatoriana vem logo atrás, com a mesma pontuação, mas com um gol a menos de saldo. O Argentinos Juniors lidera a chave, com seis unidades. Os dois primeiros avançam às oitavas de final enquanto o terceiro disputa os playoffs com equipes da Copa Sul-Americana.
Luxemburgo tem uma missão também com a torcida e o clima do estádio. Antes do clássico com o Palmeiras, Róger Guedes admitiu que o clima estava pesado. Tudo por conta da semana tumultuada que culminou no pedido de demissão de Cuca após a pressão de parte da torcida motivada pela condenação por violência sexual contra uma jovem de 13 anos em 1987 em Suíça.
O episódio causou fraturas até na equipe feminina, que passou a sofrer ameaças por protestar contra a chegada de Cuca. Luxa vai tentar apagar todos esses "incêndios" logo na estreia.
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