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Durante o encontro de juristas ocorrido nesta terça-feira (22), em Brasília, após a fala do advogado-geral da República, Luiz Eduardo Cardozo, a presidente Dilma Rousseff fez seu pronunciamento.
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Ela garante, em seu discurso, que não renunciará, sob hipótese nenhuma. Para a petista, "em uma democracia constitucional todos nós estamos sujeitos as mesmas leis, sem exceção e devemos ter nossos direitos individuais respeitados, que devem vir de todos, dos que governam, e também daqueles que devem zelar pelos direitos", afirma ela.
Sobre ter seu diálogo grampeado, Dilma responde: "Um executor da justiça não poder assumir como meta condenar adversários, ao invés de fazer justiças. É mais do que um crime, é um erro. A justiça brasileira fica enfraquecida e a constituição é rasgada quando são gravadas diálogos da presidente da República quando não há aprovação do prévia da Justiça. Este é uma evidente violação da segurança nacional".
Ela termina sua fala afirmando ser contra o golpe: "a tentativa de cruzar a fronteira, que é tão cara para nós, que a construímos e lutamos por ela. Fronteira esta que separa o estado democrático de direito da ditadura militar, ou do regime policial ou do autoritarismo disfarçado. Eu confio que a Suprema Corte e as demais instâncias da Justiça saberão dar seguimento com imparcialidade e convicção aos casos ocorridos. Agradeço juristas, advogados, professores e todos que trabalham pela justiça e para defender a normalidade democrática e a constrição. Juntos defenderemos as instituições das ameaças que estão sofrendo. Faremos o Brasil avançar e é por isso estamos aqui. Tenho certeza, não vai ter golpe!"