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Um grupo de investigadores do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova York, nos Estados Unidos, defende que a tecnologia utilizada na vacina de RNA mensageiro consegue evitar a remissão de um tipo de câncer.
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O estudo, publicado na revista científica Nature, sugere que a tecnologia também pode ser usada contra um dos câncer mais agressivos, o do pâncreas. As conclusões preliminares da investigação, realizada em parceria com a farmacêutica BioNTech, tinham sido apresentadas em junho de 2022 no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica. Entretanto, foram revistas por especialistas.
Os cientistas extraíram tumores de 16 doentes como parte do tratamento e enviaram para a BioNTech. A empresa alemã analisou as proteínas e, com as informações genéticas descobertas, criou uma vacina de RNA capaz de ensinar o organismo de metade dos participantes a lutar contra remissões.
Em metade dos doentes a doença não reapareceu durante os 18 meses de acompanhamento. O câncer reapareceu 13 meses depois em oito participantes, após a cirurgia.
Todos os doentes também passaram por ciclos de quimioterapia e usaram um medicamento para evitar que o tumor voltasse. Por isso, os pesquisadores não afirmam que o sucesso do estudo se deve à vacina. Ainda assim, o avanço é considerado "extremamente promissor" pela comunidade científica.
Existem, no entanto, dois grandes desafios: o preço elevado da vacina e o tempo de produção, que foi de nove semanas para os participantes do estudo. Os cientistas da BioNTech pretendem reduzir o prazo para um mês.