ONU saúda trégua entre Israel e a Jihad Islâmica em Gaza

O coordenador especial da ONU para o Processo de Paz no Oriente Médio saudou hoje a trégua alcançada no sábado entre Israel e a 'Jihad' Islâmica Palestiniana, após cinco dias de confrontos que fizeram 35 mortos.

© Lusa

Mundo Israel 14/05/23 POR Notícias ao Minuto Brasil

"Saúdo o anúncio de um cessar-fogo em Gaza e em Israel", disse Tor Wennesland em comunicado, apelando às partes envolvidas para respeitarem a trégua e elogiando o Egito, que atuou como mediador, "pelos esforços para ajudar a restaurar a calma".

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Tor Wennesland disse estar "profundamente entristecido" pelos mortos e feridos e lamentou que entre eles estejam "crianças e mulheres".

O responsável afirmou ainda que "anseia pela restauração do acesso humanitário e outras medidas sociais e econômicas para apoiar a subsistência dos palestinos em Gaza".

A Casa Branca também já reagiu à trégua, elogiando também o papel do Governo egípcio na negociação.

"As autoridades americanas trabalharam em estreita colaboração com os parceiros regionais para alcançar essa solução para as hostilidades, com o objetivo de evitar mais perdas humanas e restabelecer a calma para israelitas e palestinos", declarou no sábado à noite, em comunicado, a porta-voz da Casa Branca Karine Jean-Pierre.

Apesar do compromisso de cessar-fogo, Israel voltou a bombardear a Faixa de Gaza duas horas após a entrada em vigor, em resposta a dois 'rockets' lançados depois do início da trégua.

"O Exército está neste momento atacando a Faixa de Gaza", confirmou um porta-voz militar israelita num breve comunicado.

Tecnicamente, ambas as partes violaram o cessar-fogo que punha fim a cinco dias de escalada bélica, em que morreram 34 palestinos e uma israelita.

O acordo incluía o compromisso de "parar de atacar civis e habitações" e entrou em vigor às 22:00 locais de sábado (16:00 de Brasília).

Embora o cessar-fogo não tenha sido respeitado, não é de descartar a possibilidade de haver contenção de ambas as partes e de não se retomar a escalada do conflito, desencadeado na terça-feira quando Israel realizou a operação "Escudo e Flecha", com o objetivo de matar altos responsáveis da 'Jihad' Islâmica Palestiniana (JIP).

Muhamed al-Hindi, um alto dirigente da JIP que se deslocou ao Cairo para as negociações, afirmara que a organização -- classificada como terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia -- "respeitaria o acordo de cessar-fogo enquanto o inimigo israelita o cumprisse".

Por seu lado, o conselheiro de Segurança Nacional de Israel, Tzachi Hanegbi, agradeceu ao Egito e confirmou que o país aceitou um cessar-fogo, mas advertiu de que "continuaria a fazer o que fosse necessário para se defender" se fosse alvo de novos ataques.

Desde terça-feira, Israel atacou 371 alvos da 'Jihad' Islâmica Palestina, incluindo casas dos membros e instalações militares. A JIP disparou, por sua vez, 1.234 projéteis a partir de Gaza, sendo que a maioria explodiu em zonas despovoadas ou foi interceptada pelo sistema antiaéreo.

Esta manhã, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Eli Cohen, afirmou que a operação militar no enclave "passou no teste" aos olhos da comunidade internacional.

A análise das reações internacionais, continuou o ministro, "mostra que Israel recebeu um amplo apoio ao seu direito à autodefesa", em contraste com "a ampla condenação dos disparos de 'rockets' contra o território israelita a partir de Gaza.

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