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O secretário estadual de Governo, Gilberto Kassab (PSD), afirmou nesta segunda, 15, que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deve evitar concorrer na próxima eleição presidencial e priorizar a disputa pela reeleição ao Palácio dos Bandeirantes, em 2026. Aliados se movimentam para viabilizar Tarcísio como potencial candidato do campo da direita à Presidência, diante dos desafios jurídicos enfrentados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que podem torná-lo inelegível.
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Ao tratar do assunto, Kassab disse que aconselhou Tarcísio - que exerce seu primeiro mandato eletivo - a observar os "equívocos" dos ex-governadores tucanos José Serra e João Doria. Os dois se colocaram como potenciais candidatos à Presidência já nos primeiros mandatos à frente do Executivo paulista e não tiveram sucesso.
"Tarcísio é jovem, bem preparado. Se ele puder ficar oito anos é melhor para São Paulo, para o Brasil e para ele. Ao final de oito anos, se ele disputar a Presidência, vencer e ficar oito anos, ele vai deixar a Presidência aos 62 anos. A ansiedade é inimiga da perfeição política", disse Kassab durante seminário do Grupo Esfera Brasil, que reúne empresários.
O secretário de Governo foi o principal articulador político da chapa que elegeu Tarcísio governador em 2022, principalmente na interlocução com prefeitos do interior. Ao assumir a pasta, Kassab, que é presidente nacional do PSD, bloqueou a presença de tucanos na nova gestão em São Paulo e trabalha para aumentar o poder de influência de seu partido no Estado.
Cenário
Ao analisar o cenário nacional, ele disse que o País caminha para uma concentração partidária que vai dividir o País em "dois projetos políticos" - um de centro-esquerda liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e um de centro-direita que seria encabeçado pelo governador. O PSD está na base dos governos tanto de Tarcísio quanto de Lula.
O governador paulista já gera expectativas. Pesquisa Quaest divulgada na semana passada apontou que 48% do mercado considera que Tarcísio será o principal nome da oposição a Lula nos próximos quatro anos. O instituto ouviu 92 gestores, economistas e analistas de fundos de investimentos com sede em São Paulo e no Rio.
Kassab avaliou que Bolsonaro tem grande "densidade eleitoral", mas disse que apostaria na relevância de candidatos moderados. O secretário, que já foi prefeito de São Paulo e ministro, citou outros nomes como alternativa na chamada centro-direita, como os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), e o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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