Seguranças do Carrefour vão usar câmeras corporais após novo caso de agressão a negros

A decisão foi tomada após repercussão do vídeo em que um casal negro é agredido por seguranças de uma unidade do supermercado Big Bompreço, do grupo Carrefour, em Salvador

© Shutterstock

Brasil CARREFOUR-SEGURANÇAS 17/05/23 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O grupo Carrefour anunciou nesta quarta (17) que, até o fim deste ano, vai exigir o uso de câmeras nos uniformes de todos os agentes de segurança que atuam em suas lojas. A decisão foi tomada após repercussão do vídeo em que um casal negro é agredido por seguranças de uma unidade do supermercado Big Bompreço, do grupo Carrefour, em Salvador.

PUB

O caso, ocorrido no último dia 5, é investigado pela Polícia Civil. O Ministério Público também apura se houve crime de racismo no episódio.

O Carrefour já havia determinado, em 2021, o uso de câmeras corporais nas lojas da rede por fiscais que trabalham dentro dos estabelecimentos e são contratados diretamente pela empresa. A medida foi motivada, na ocasião, pelo assassinato de João Alberto Silveira de Freitas, espancado até a morte por seguranças de um supermercado da rede em Porto Alegre.

Agora o sistema será ampliado para lojas das marcas Big, Big Bompreço e Sam's Club, também do grupo Carrefour, bem como para seguranças terceirizados que atuam nas áreas externas dos estabelecimentos.

Segundo a empresa, até o fim de maio, todos os profissionais que atuam nessas lojas vão receber treinamento focado no atendimento a clientes.

"Seguimos absolutamente comprometidos com o combate ao racismo em todas as unidades do grupo", declarou Stéphane Maquaire, presidente do Carrefour desde 2021.

Além da ampliação do programa de câmeras, o Carrefour anunciou uma reestruturação em sua diretoria, com maior representatividade de profissionais negros. Na semana passada, entidades entraram com ação na Justiça para exigir maior presença de negros nesses cargos.

Também devido ao histórico de violência em mercados da rede, no mês passado o grupo anunciou que decidiu interromper a circulação de fiscais nos corredores das lojas da rede Atacadão após acusações de racismo em São Paulo e em Curitiba.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

brasil Urgência Há 5 Horas

Avião da Latam declara emergência após decolar de Brasília e faz pouso forçado

fama Emergência Médica Há 23 Horas

Internado na UTI, saiba quem é Toguro, influencer indiciado por homicídio

fama Tragédia Há 22 Horas

Ator de 'Baby Driver', Hudson Meek, morre aos 16 anos

economia Trabalhadores Há 7 Horas

Salário mínimo subirá R$ 106 e novo valor passará a ser de R$ 1.518 a partir de 1º de janeiro

mundo Cazaquistão Há 6 Horas

Homem que filmou despedida à mulher durante queda de avião sobreviveu

brasil São Mateus do Sul Há 23 Horas

Equipe médica e paciente morrem em acidente com ambulância no Paraná

esporte Redes Sociais Há 22 Horas

Muçulmano, Salah posta foto celebrando Natal e é criticado por internautas: 'Hipocrisia'

fama Justiça Há 15 Horas

Baldoni é processado por ex-assessora em polêmica envolvendo Blake Lively

economia Trabalho escravo Há 6 Horas

Operários resgatados na BYD na Bahia devem voltar à China em janeiro

economia Benefícios Há 6 Horas

Abono salarial PIS-Pasep 2024: prazo para sacar termina nesta semana; veja quem tem direito