A Polícia Federal apreendeu uma panilha que lista possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos de 18 partidos políticos. Segundo apuração de André Shalders e Mateus Netzel, do portal UOL, este é o mais completo acervo do que pode ser a contabilidade paralela revelada pela força-tarefa a Operação Lava Jato.
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Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, conhecido como "BJ", era quem tinha as planilhas. Elas foram apreendidas na 23ª fase da operação Lava Jato, batizada de “Acarajé”.
Nos documentos constam detalhes dos nomes dos políticos envolvidos e os valores relacionados não devam ser considerados como prova de que houve dinheiro de caixa 2 da empreiteira para os citados. As investigações devem apurar a veracidade das planilhas.
Entre os nomes mencionados estão: Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá (PMDB-RR), Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre vários outros.
As planilhas trazem nomes, cargos, partidos, valores recebidos e até apelidos atribuídos aos políticos.
Outros documentos apreendidos
As planilhas foram apreendidas por quatro equipes da PF em 2 endereços ligados a Benedicto Barbosa Jr. no Rio de Janeiro nos bairros do Leblon e de Copacabana.
Além das tabelas, foram apreendidos dezenas de bilhetes manuscritos, comprovantes bancários e textos impressos. Alguns dos bilhetes fazem menção a obras públicas, como a Linha 3 do Metrô do Rio.
A publicação cita que um dos textos refere-se às regras internas de funcionamento do cartel de empreiteiras da Lava Jato. O grupo leva o nome de “Sport Club Unidos Venceremos”.
O juiz federal Sérgio Moro liberou nesta terça (22) o acesso ao material apreendido com outros alvos da Acarajé. Os documentos apreendidos com Mônica Moura, esposa do publicitário João Santana, e com o doleiro Zwi Skornicki, entre outros,