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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Lideranças do PT encaram com receio a possibilidade de o senador Eduardo Braga (MDB-AM) assumir a relatoria da CPMI de 8 de janeiro.
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O partido avalia que é melhor levar a investigação em "banho-maria", sem deixar que tome conta do noticiário e da pauta do Congresso.
Se for mesmo essa a estratégia, o receio é de que Braga queira aproveitar os holofotes e incendeie os trabalhos.
Além disso, há preocupação de como o cenário local pode interferir na atuação do parlamentar. O Amazonas é um estado em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve uma boa votação -embora tenha ficado em segundo lugar, alcançou 49,1% dos votos válidos.
Isso não ocorreria se o relator fosse Renan Calheiros (MDB-AL), nome aventado inicialmente, que é mais alinhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Soma-se a esses fatores a atitude do próprio Braga na CPI da Covid-19. Mesmo fazendo parte do grupo de oposição a Bolsonaro, ele em diversas situação teve posicionamentos apartados dos demais.
A expectativa é de que os trabalhos se iniciem já na próxima semana. As indicações já foram feitas pelos partidos na Câmara e no Senado.