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Um dia após ter sido vítima de mais um grave episódio de discriminação no Campeonato Espanhol, o atacante Vinicius Júnior treinou normalmente no CT do Real Madrid na segunda-feira, mas não foi ao campo. Fez trabalhos de recuperação física na parte interna, como é de praxe no dia seguinte às partidas. Pessoas próximas ao craque dizem que ele não chorou em público, está "forte emocionalmente", mas não brincou com os companheiros, como costuma fazer diariamente.
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Vini promete não se calar e estuda uma entrevista coletiva para repetir as reclamações e os protestos contra a discriminação. Ele pretende manter o posicionamento contra os ataques racistas, inclusive com críticas aos dirigentes da LaLiga (entidade que organiza o Campeonato Espanhol), em especial ao presidente Javier Tebas. Na atual temporada, as agressões se intensificaram.
Até o episódio deste domingo, Vini estava insatisfeito com a postura do Real Madrid nos casos anteriores de racismo. Pessoas próximas ao atacante esperavam um protesto mais forte diante da recorrência dos insultos. Foi o nono episódio de racismo sofrido por Vinicius Júnior em um jogo na Espanha nos últimos anos.
Na segunda-feira, o clube espanhol afirma que acionou a Procuradoria-Geral do Estado por crime de ódio e discriminação. Antes disso, o presidente Florentino Pérez teve uma conversa particular com o atacante. Em nota, o clube afirmou que o encontro foi realizado para mostrar "carinho e apoio" do clube ao jogador. O presidente prometeu ir até "as últimas consequências". O encontro foi registrado pelo clube nas redes sociais. O técnico do Real Madrid, Carlos Ancelotti, já havia saído em defesa do brasileiro.
O brasileiro recebeu o apoio dos companheiros - hoje, as manifestações foram ainda mais frequentes do que aquelas que ocorreram no estádio do Valencia no domingo. Um dos jogadores mais indignados com os insultos é o goleiro belga Thibault Courtois. Após a partida, ele disse à Movistar que, "se Vini quisesse sair de campo, eu iria com ele".
A direção do Real Madrid veio a público nesta segunda-feira para criticar os ataques racistas reiterados que Vinicius Júnior vem sofrendo no futebol espanhol e culpar o presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales, pela repetição das ofensas.
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