Menina encontrada viva na floresta 4 dias após desaparecer na Ucrânia

As autoridades ucranianas declararam que não foi "cometido nenhum delito contra a criança". Violetta está "viva, muito cansada e com sede e fome”.

© Reprodução/ Ministério de Assuntos Internos da Ucrânia

Mundo Ucrânia 27/05/23 POR Notícias ao Minuto Brasil

Uma menina de dois anos foi encontrada viva depois de quatro dias desaparecida numa floresta próxima de sua casa, em Kharkiv, na Ucrânia.

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Enquanto a linha da frente de guerra continua a ferro e fogo, os serviços de emergência ucranianos continuam trabalhando para resolver outros problemas do país, como foi o caso de Violetta.

A criança estava brincando no seu jardim na terça-feira quando subitamente desapareceu sem deixar rasto. Foi montada uma operação de buscas, que envolveu mais de mil pessoas, para procurar a menina.

As autoridades ucranianas declararam que não foi "cometido nenhum delito contra a criança".

"Mais de mil pessoas, incluindo políciais, equipes de resgate, voluntários e moradores locais, procuraram a criança na aldeia, entre os arbustos, pântanos e verificaram todos os reservatórios ao redor", revelou o Ministério de Assuntos Internos da Ucrânia, citado pela Sky News.

"Hoje, finalmente, a menina foi encontrada na floresta. Está viva, mas muito cansada, com sede e fome”, acrescentou a nota, revelando ainda que Violetta teve de receber cuidados hospitalares.

O caso ganha relevo no contexto de guerra uma vez que, apesar de não ter sido o caso desta menor, muitas crianças ucranianas foram levadas ilegalmente para a Rússia ao longo da invasão.

Por outro lado, Moscou afirma que está dando um refúgio às crianças, assegurando ter "salvado" essas crianças dos combates.

A comissária russa para a infância, Maria Lvova-Belova, alvo de um mandado de captura do Tribunal Penal Internacional (TPI), declarou-se disposta a devolver à Ucrânia crianças deportadas, se as respetivas famílias o solicitarem.

A Ucrânia acusou as tropas russas de deportarem à força mais de 210 mil crianças para a Rússia e acusou Moscou de as querer tornar cidadãs russas. Os números foram avançados pela comissária dos Direitos Humanos na Ucrânia, Lyudmyla Denisova.

“Quando as nossas crianças nos são retiradas, destroem a sua identidade nacional e privam o nosso país do futuro”, frisou Denisova, citada pela agência de notícias Reuters. “Ensinam aos nossos filhos, em russo, a história que [o presidente russo] Putin contou a todos”. 

Segundo a responsável, as 210 mil crianças fazem parte do grupo de 1,2 milhões de ucranianos que Kyiv afirma terem sido deportados à força para a Rússia. 

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de 3.500 civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior. A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais cerca de seis milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

Leia Também: Líder militar britânico avisa para "Rússia vingativa" se perder a guerra

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