© Divulgação / Gabriel Renné
"Eu mesma, que tenho 40 anos de militância, não conhecia o SUSA. Precisamos ter acesso a esses serviços, que esquecem a nossa comunidade", explicou Claudia Garcia, presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOLGBT-SP), sobre o tema deste ano: "Políticas sociais para LGBT+: Queremos por inteiro, não pela metade".
Claudia defende que o Sistema Único de Assistência Social (SUSA) deveria ter diretrizes mais específicas para garantir moradia, renda, segurança e outros direitos básicos à população LGBT+: "Para as outras pessoas que vivem na rua, existe piedade. Mas a travesti sequer é olhada, e isso é parte da nossa comunidade".
O evento reuniu representantes dos poderes públicos municipal e estadual, além das marcas patrocinadoras, como LOréal, Smirnoff e Vivo. Nos últimos anos, o evento tem sido criticado por pessoas da própria comunidade LGBT+, que acusam a Parada paulista de ter se tornado uma vitrine para as empresas e esquecido o caráter de protesto que deu origem ao evento na Revolta de Stonewall.
"Quero perguntar aqui para as marcas se elas vão me dar emprego o ano todo ou só em junho? E as políticas públicas, são feitas só em junho também?", disse Leonora Áquilla, coordenadora municipal de Diversidade, aos presentes.
O apoio da Prefeitura para o evento está estimado em R$ 2,5 milhões. A concentração para a Parada começa às 10h do domingo, em frente ao MASP, e os trios começam a andar a partir do meio dia.
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