Como era ser um Cristão na Roma Antiga? Nada fácil!

Perseguições e lutas faziam parte da vida de quem acreditava em Jesus

Como era ser um Cristão na Roma Antiga? Nada fácil!

A tensão entre a crença Romana e a Judaico-Cristã gerou uma montanha-russa de eventos. O Cristianismo passou por muitas mudanças durante o Império Romano, começando pelas perseguições até, eventualmente, se tornar a principal religião. Mas como era a vida dos primeiros Cristãos naquela época? Que desafios eles tinham que enfrentar nos tempos romanos?

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Estradas

A disseminação do Cristianismo tem muito a agradecer às estradas romanas. A rede de estradas que cobriam o vasto império permitiu que líderes Cristãos primitivos, como o Apóstolo Paulo, compartilhassem o Evangelho.

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Estradas

A mensagem Cristã de esperança era particularmente atraente para aquelas pessoas que vivenciavam problemas sociais, incluindo a pobreza, e essas estradas permitiram que essa mensagem alcançasse grandes metrópoles.

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Cristãos não se autoproclamavam assim

Não há menção na Bíblia de Jesus referindo-se aos seus seguidores como "cristãos". Em vez disso, aqueles que seguiram Cristo chamavam a si mesmos de "santos" ou membros de "O Caminho".

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Cristãos não se autoproclamavam assim

A palavra "santos" vem do grego hagios, que significa "sagrado". "O Caminho" é uma referência ao conceito hebraico de halakhah, que compreende um conjunto de regras pelas quais os judeus devem viver.

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Mas depois começaram a chamar a si mesmos de Cristãos

É só em Atos 11:26 que encontramos uma referência a palavra "cristãos", quando os líderes de Antioquia a usam para descrever os seguidores de Cristo. Diz: "[...] e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos."

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Os primeiros Cristãos afrouxaram as regras

Jesus era um judeu que ensinava principalmente aos judeus, mas muitos gentios (pessoas não judias) começaram a seguir seus ensinamentos também.

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Os primeiros Cristãos afrouxaram as regras

Muitas dessas pessoas tinham um passado pagão, por isso muitos gentios não seguiam princípios judaicos, como restrições alimentares, por exemplo.

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Os primeiros Cristãos afrouxaram as regras

Além disso, os homens gentios não eram circuncidados quando bebês. Por isso essas e outras regras e tradições judaicas foram sendo relaxadas à medida que o Cristianismo primitivo tomava forma. E cada vez mais gentios se juntaram ao movimento.

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A perseguição veio em ondas

A perseguição aos Cristãos na Roma Antiga aconteceu em ondas. De fato, 12 dos 54 imperadores romanos que governaram entre 30 d.C. e 311 d.C. perseguiram Cristãos, com o Imperador Nero levando o troféu como o mais implacável.

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A perseguição veio em ondas

Nero usou os Cristãos como bodes expiatórios para o Grande Fogo de Roma. Eles pagaram por isso com suas vidas e de maneira atroz.

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A perseguição veio em ondas

Os Cristãos foram perseguidos, crucificados, queimados vivos e jogados aos leões, literalmente, por séculos. Isso, é claro, até o Imperador Constantino se converter ao Cristianismo e acabar com a perseguição em 312 d.C.

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Eles não frequentavam igrejas físicas

Naqueles tempos, não havia igrejas cristãs físicas. Os grupos se reuniam para a adoração nas casas uns dos outros.

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Eles não frequentavam igrejas físicas

Um exemplo pode ser encontrado em Romanos 16:3-5, onde o Apóstolo Paulo faz referência a reuniões realizadas na casa de um casal, Priscila e Áquila.

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Comunidades

Ser cristão naquela época significava ser um pária, um excluído. Eles se organizavam em comunidades próximas onde tanto judeus quanto gentios se misturavam como seguidores de Cristo.

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Comunidades

Eles se dedicavam a ajudar os pobres e necessitados, além de estudar e adorar. Os primeiros cristãos redefiniram o que era ter um senso de comunidade na Roma Antiga.

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Alguns se sentiam como cidadãos de segunda classe

Apesar dos gentios formarem uma parte considerável dos primeiros Cristãos, eles ainda se sentiam, de alguma forma, como cidadãos de segunda classe entre os seguidores judeus.

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Cidadãos de segunda classe

Isso foi particularmente acentuado quando o Apóstolo Pedro sucumbiu à pressão dos líderes religiosos e começou a se distanciar dos gentios — uma ação que foi condenada pelo Apóstolo Paulo.

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A resposta de Paulo às ações de Pedro

Gálatas 2:11-13 diz: "E, chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível. Porque, antes que alguns tivessem chegado da parte de Tiago, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi retirando, e se apartou deles, temendo os que eram da circuncisão. E os outros judeus também dissimulavam com ele, de maneira que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação."

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Eles podiam morrer mais cedo que o esperado

Não era fácil ser Cristão na Roma Antiga, particularmente durante os dias de perseguição. O suplício e o sofrimento aguardavam por eles em cada esquina. Famosos mártires cristãos incluem o Apóstolo Paulo, que foi decapitado, e o Apóstolo Pedro, que foi infamemente crucificado de cabeça para baixo em Roma.

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Eles podiam morrer mais cedo que o esperado

Outros podem não ter tido seus nomes mencionados na Bíblia ou em qualquer outro livro, mas, mesmo assim, perderam suas vidas por serem seguidores de Cristo.

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Argumentos religiosos eram confusos

Como Cristo não estava mais fisicamente presente, houve muito debate sobre uma série de coisas. E isso incluía os conceitos de "baixa Cristologia" e "alta Cristologia".

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Argumentos religiosos eram confusos

Em poucas palavras, a "baixa Cristologia" defendia que Jesus era humano, exceto que ele não tinha pecado original.

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Argumentos religiosos eram confusos

Por outro lado, a "alta Cristologia" argumentava que Jesus fazia parte da Santíssima Trindade e, portanto, era divino.

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A relação de judeus e cristãos

Jesus desafiou e discutiu com numerosos líderes judeus em sua época. Mas, apesar das tensões iniciais, judeus e cristãos coexistiram pacificamente durante a maior parte do Império Romano.

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Eles poderiam ser jogados na arena de gladiadores

O imperador Septímio Severo começou a torturar e matar cristãos na arena de gladiadores como forma de entretenimento por volta de 192 d.C.

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Eles poderiam ser jogados na arena de gladiadores

Em 202 d.C., os romanos foram proibidos de se converterem ao Judaísmo ou Cristianismo. Aqueles que desafiassem o Imperador eram punidos de diversas maneiras, incluindo serem atacados por animais selvagens, decapitados e queimados.

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A legalização do Cristianismo trouxe novos problemas

O Cristianismo foi reconhecido legalmente em 313 d.C., quando o Imperador Constantino emitiu o Édito de Milão.

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A legalização do Cristianismo trouxe novos problemas

Apesar desta ser uma ótima notícia para os cristãos em geral, que não seriam mais perseguidos, a legalização trouxe novos problemas sobre como a religião seria organizada e qual conjunto de regras seria adotado.

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A legalização do Cristianismo trouxe novos problemas

Isso acabou levando alguns grupos cristãos a serem excluídos. Alguns deles até foram considerados hereges e perderam seu status legal.

Fonte: (Grunge)

Veja também: Tudo o que os historiadores já descobriram sobre Jesus de Nazaré

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Cultura Império romano 08/06/23 POR Notícias ao Minuto


A tensão entre a crença Romana e a Judaico-Cristã gerou uma montanha-russa de eventos. O Cristianismo passou por muitas mudanças durante o Império Romano, começando pelas perseguições até, eventualmente, se tornar a principal religião. Mas como era a vida dos primeiros Cristãos naquela época? Que desafios eles tinham que enfrentar nos tempos romanos?

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