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Nas imagens, um grupo de pessoas parece gritar "Moro, pode esperar, a sua hora vai chegar". Duran compartilhou o vídeo com a legenda: "Russo enfrentando a hora da verdade". Depois, o senador publicou no Twitter que na realidade a gravação tinha sido feita em 2018. No vídeo original, os manifestantes gritam apenas o nome do ex-juiz.
Janones, então, respondeu ao paranaense dizendo que o vídeo verdadeiro era o que o senador era vaiado. "Qualquer pessoa com o mínimo discernimento consegue perceber que o segundo vídeo passou por uma edição grotesca para suprimir a parte em que se ouve pode ser esperar que a sua hora vai chegar. Essa não colou marreco. Próxima ", escreveu o deputado mineiro.
Moro retrucou chamando o deputado de "folclórico". "Janones, não sou um parlamentar folclórico como V.Ex., não mudo de opinião segundo quem está no poder, nem propago fake news. O vídeo da ovação no aeroporto foi anos atrás e está disponível no YouTube. O fato foi amplamente noticiado", disse. "Aliás, continuo a circular muito bem nos dias atuais em locais públicos, inclusive em Confins. Quem é vaiado por aí é o seu dono."
Janones, então, disse que o senador foi "assistente de palco" de Bolsonaro durante o debate da Band entre os candidatos à Presidência das eleições 2022, mesmo depois de acusar o ex-presidente de interferência indevida na Polícia Federal. "Vossa excelência não propaga fake news. V.Ex. preferia mesmo é usá-las pra condenar réus, vazar conversas pessoais interceptadas e definir um processo eleitoral e coincidentemente assumir um ministério depois? Eu acho que quando falar em parlamentar folclórico, é bom se atentar ao espelho", escreveu o deputado.
Janones não parou por aí: publicou dois tuítes em que chamava Moro de "Hello Kitty do Paraná", e ainda resgatou um vídeo antigo em que o ex-juiz dizia não ser o momento para postular a um cargo político. Ele acrescentou que acredita que o senador será cassado.
Tacla Duran, que postou o vídeo que motivou a discussão, foi apontado pela força-tarefa da Lava Jato como operador financeiro da Odebrecht e hoje mora na Espanha. Ele afirma ter sido alvo de uma tentativa de extorsão em troca de facilidades para clientes em acordos de delação com a força-tarefa de Curitiba. Na terça-feira, 6, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli autorizou Duran a entrar no Brasil, sem o risco de ser preso, para prestar esclarecimentos na Câmara dos Deputados.
Críticas frequentes
Janones é influenciador nas redes sociais e ajudou a coordenar a campanha de Lula na internet. O ex-juiz da Lava Jato é alvo frequente de seus tuítes. O mineiro já chamou o senador de "vagabundo" e "suprassumo da vassalagem". O deputado critica recorrentemente a condução de Moro de processos contra Lula. "A maior fake news da história do Brasil, era de que você foi imparcial", escreveu Janones para o paranaense em setembro do ano passado.
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