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Pelas regras, como o duelo ainda não havia chegado ao final do segundo assalto, o resultado é 'no contest' (sem decisão). Se houvesse atingido o quinto round, seriam consideradas as anotações dos jurados.
O resultado foi muito contestado pelo pugilista brasileiro e por sua equipe, que entraram com um protesto junto à Comissão Atlética de Nova York. A análise deve demorar alguns dias. Segundo Robson, o adversário forjou a contusão.
"Estou muito frustrado, eu me preparei muito para esta luta. Eu estava muito bem na luta e tinha encaixado os melhores golpes. Com o tempo ele seria nocauteado. Houve um acidente", disse Robson, triste com o resultado, ao canal Combate. "O toque de cabeça houve, mas não precisava desse circo todo que ele fez, mancha o esporte. Se fosse tão forte o choque, teria aberto o supercílio dele completamente."
O técnico Luís Dórea também não economizou críticas a Polanco. "Lamentável. É uma falta de respeito com o evento, com o boxe. O queixo dele bateu perto do ombro do Robson, mas o choque não foi para tanto", protestou. "Todo um trabalho feito... Robson vinha crescendo round a round, o dominicano começou forte e ia diminuindo o ritmo. No segundo round sentiu os golpes de Robson na cabeça e no corpo e aproveitou para parar a luta."
Robson Conceição foi melhor nos dois rounds disputados. Apesar de errar vários ganchos de esquerda, o brasileiro havia conectado boas sequências, principalmente jabs na linha de cintura, que castigaram o rival. O brasileiro espera que a empresa Top Rank marque uma nova luta em breve, pois sonha ter a oportunidade de voltar a disputar o título mundial dos superpenas.
Aos 34 anos, o campeão olímpico no Rio em 2016 tem um cartel de 17 vitórias (oito nocautes), dois empates e uma luta sem resultado. Ele perdeu para o mexicano Oscar Valdez e para o americano Shakur Stevenson, ambas por pontos, em duelos válidos por cinturões mundiais.
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