© Getty/ Jordan Pettit
Os investigadores que estão apurando as circunstâncias do naufrágio do submersível Titan planejam analisar as gravações de voz feitas no interior da embarcação, a fim de determinar o que ocorreu antes da tragédia e se há indícios de crime envolvido.
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Representantes do Conselho de Segurança dos Transportes do Canadá (TSB) visitaram o navio Polar Prince, que transportou o Titan até o local onde ele foi submerso, no sábado, com o intuito de coletar informações do gravador de dados de viagem da embarcação que possam ser úteis, conforme informou a presidente do TSB, Kathy Fox, à CNN.
De acordo com Fox, o objetivo é "descobrir o que aconteceu e por quê, e entender quais mudanças são necessárias para reduzir a possibilidade ou o risco de ocorrências semelhantes no futuro". Ela explicou que as gravações de voz "podem ser úteis em nossa investigação", embora tenha enfatizado que o propósito da investigação não é atribuir culpa.
Essa atribuição ficará a cargo da polícia. As autoridades estão trabalhando para determinar se o caso justifica uma investigação criminal, conforme afirmou o Superintendente da Polícia Montada do Canadá, Kent Osmond, aos jornalistas.
"Uma investigação desse tipo só ocorrerá se nossa análise das circunstâncias indicar que leis criminais federais ou provinciais possam ter sido violadas", disse ele.
O submersível Titan, da OceanGate Expeditions, estava com cinco passageiros a bordo quando, em 18 de junho, adentrou as águas do Oceano Atlântico em direção aos destroços do Titanic. Logo no primeiro dia, as autoridades perderam o contato com o submersível, resultando em quatro dias de busca pelo Titan.
Conforme confirmado pela Guarda Costeira dos Estados Unidos, a embarcação sofreu uma "implosão catastrófica", e nenhum dos passageiros sobreviveu.
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