Agência americana confirma aprovação de Leqembi para tratar Alzheimer

O medicamento funciona reduzindo placas de amiloide que se formam no cérebro, uma característica definidora da doença

© <p>Shutterstock</p>

Lifestyle SAÚDE-ALZHEIMER 07/07/23 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Administração de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos (FDA na sigla em inglês) aprovou nesta quinta-feira (6) a droga lecanemab, a ser comercializada como Leqembi, para tratamento da doença de Alzheimer.

PUB

No início de janeiro, a agência já havia liberado com restrições o uso do medicamento, que pode diminuir em grau moderado o ritmo do declínio cognitivo no início da doença. Na ocasião, foi destacado que a droga também traz riscos de inchaço e sangramento no cérebro.

No entanto, após um período de testes clínicos, a FDA anunciou a aprovação total.

O medicamento funciona reduzindo placas de amiloide que se formam no cérebro, uma característica definidora da doença.

"A ação de hoje é a primeira confirmação de que um medicamento que tem como alvo o processo subjacente da doença de Alzheimer mostrou benefício clínico nessa doença devastadora", afirmou Teresa Buracchio, diretora interina do Escritório de Neurociência no Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da FDA.

"Este estudo confirmatório verificou que é um tratamento seguro e eficaz para pacientes com doença de Alzheimer."

A aprovação do Leqembi provavelmente atrairá um interesse considerável de pacientes e médicos. Estudos da droga, uma infusão intravenosa administrada a cada duas semanas, sugerem que ela é mais promissora do que o pequeno número de tratamentos já disponíveis.

A empresa farmacêutica japonesa Eisai liderou o desenvolvimento e testes do medicamento. Ela está fazendo parceria com a norte-americana Biogen, fabricante do controverso remédio Aduhelm, também para Alzheimer, para sua comercialização e marketing, e as empresas dividirão os lucros igualmente. A Eisai disse que o preço de tabela do Leqembi (pronuncia-se le-quêm-bi) seria de US$ 26,5 mil (mais de R$ 138 mil) por ano.

O rótulo do Leqembi diz que o medicamento deve ser usado apenas em pacientes nos estágios inicial e leve da doença de Alzheimer, correspondendo ao status dos pacientes nos ensaios clínicos do medicamento. Ele instrui os médicos a não tratar pacientes sem fazer testes para confirmar se eles têm uma das características principais da doença de Alzheimer: o acúmulo da proteína amiloide, que o Leqembi ataca, assim como o Aduhelm.

Estima-se que cerca de 1,5 milhão dos 6 milhões de pessoas com Alzheimer nos Estados Unidos estejam nas fases iniciais da doença, com diagnóstico de comprometimento cognitivo leve ou em estágio inicial. Quantas serão tratadas com Leqembi dependerá significativamente de se o Medicare dará cobertura ao medicamento.

Leia Também: Anvisa aprova registro de kit para diagnóstico de febre maculosa

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

economia Dinheiro Há 17 Horas

Entenda o que muda no salário mínimo, no abono do PIS e no BPC

tech Aplicativo Há 16 Horas

WhatsApp abandona celulares Android antigos no dia 1 de janeiro

brasil Tragédia Há 10 Horas

Sobe para 14 o número desaparecidos após queda de ponte

mundo Estados Unidos Há 17 Horas

Momento em que menino de 8 anos salva colega que engasgava viraliza

fama Realeza britânica Há 9 Horas

Rei Chales III quebra tradição real com mensagem de Natal

fama Emergência Médica Há 18 Horas

Gusttavo Lima permanece internado e sem previsão de alta, diz assessoria

brasil Tragédia Há 17 Horas

Vereador gravou vídeo na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira pouco antes de desabamento

fama Hollywood Há 12 Horas

Autora presta apoio a Blake Lively após atriz acusar Justin Baldoni de assédio

mundo Estados Unidos Há 12 Horas

Policial multa sem-abrigo que estava em trabalho de parto na rua nos EUA

brasil Tragédia Há 17 Horas

Mãe de dono da aeronave que caiu em Gramado morreu em acidente com avião da família há 14 anos