© VCG/VCG via Getty Image
O aumento está sendo relacionado por cientistas às mudanças climáticas provocadas pelo homem e ao fenômeno El Niño, o aquecimento natural das águas do Oceano Pacífico, que também vem sendo agravado pelo aquecimento global. Ondas de calor estão sendo registradas em várias partes do mundo, como Europa, Estados Unidos e Ásia.
O fenômeno El Niño é considerado a maior flutuação natural do sistema climático terrestre. Acontece a cada três a sete anos, faz com que as águas mais quentes do Pacífico cheguem à superfície do oceano, lançando calor para atmosfera. As mudanças climáticas em curso, no entanto, têm feito com o que o fenômeno se torne cada vez mais frequente e mais intenso.
"Climatologistas não estão surpresos com os recordes diários de temperatura, mas estão muito preocupados", afirmou o especialista em ciência climática do Imperial College de Londres Friederike Otto, em entrevista à BBC. "Deveria ser um alerta para qualquer um que acha que o mundo precisa de mais óleo e gás."
Antes desta semana, o último recorde da temperatura global do planeta havia sido registrado em agosto de 2016 (16,92ºC), e não havia alcançado os 17ºC. Especialistas alertam para o fato de que a maioria das sociedades não está adaptada a situações de calor extremo e os impactos nas pessoas e no meio ambiente podem ser graves.
"A situação que testemunhamos agora é a demonstração de que as mudanças climáticas estão fora de controle", afirmou o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, em comunicado feito esta semana sobre a situação.
"Se persistirmos em atrasar a adoção de medidas necessárias, estamos caminhando para uma situação catastrófica, como os últimos recordes de temperatura demonstram", acrescentou ele.
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