Termina o programa do carro mais barato

O crédito para troca de caminhões com mais de 20 anos, menos usado, segue à disposição dos transportadores.

© Getty

Economia Geraldo Alckmin 09/07/23 POR Estadao Conteudo

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participou nesta sexta-feira, 7, da apresentação dos resultados da indústria automotiva à imprensa para anunciar o fim, um mês após seu lançamento, dos bônus liberados pelo governo para reduzir os preços de carros de passeio. O crédito para troca de caminhões com mais de 20 anos, menos usado, segue à disposição dos transportadores.

PUB

O programa foi considerado um sucesso por Alckmin e, segundo estimativa da sua pasta, 125 mil unidades teriam sido comercializadas no programa, 95 mil veículos apenas nas primeiras três semanas, quando R$ 500 milhões foram liberados para compra exclusiva dos consumidores (pessoa física). Posteriormente, o programa foi aberto também a empresas, como locadoras, com um acréscimo de R$ 300 milhões, igualmente esgotados.

"Estamos encerrando a parte do estímulo dos créditos tributários para veículos leves. Foi um sucesso", declarou Alckmin. Ele acrescentou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve "sensibilidade social" em relação aos empregos, dada a ociosidade elevada da indústria automotiva. Questionado se havia possibilidade de o governo oferecer mais créditos para a venda de carros, Alckmin reforçou que o programa para essa categoria está encerrado. "Estamos otimistas que a Selic vai cair e isso (cenário da indústria automobilística) vai se resolver", disse o ministro. Na manhã de ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também disse não ver mais espaço para nova ampliação do programa.

Antes da intervenção de Alckmin, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, destacou que o programa, por ser de tiro curto, estimulou uma disputa por consumidores entre as montadoras, que também deram descontos adicionais aos patrocinados pelo governo, na faixa de R$ 2 mil a R$ 8 mil. Assim, houve casos de carros que tiveram redução de preços de até R$ 20 mil. "Cumprimos a proposta de trazer automóveis mais baratos ao consumidor", ressaltou.

Mercado

Conforme o balanço da Anfavea, o mercado chegou a fazer 27 mil veículos no último dia de junho, o terceiro maior volume em um único dia da história. Com a corrida dos consumidores às lojas para aproveitar os descontos, os estoques de veículos em pátios de montadoras e concessionárias caíram de 251,7 mil para 223,6 mil unidades - ou seja, uma diminuição de 28,1 mil veículos em um mês. Conforme relatou Leite, os estoques chegaram bater nos 300 mil veículos em determinado momento de junho, mas tiveram rapidamente uma redução importante.

Com fim dos descontos, preço vai voltar a subir

A direção da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), entidade que representa as montadoras de veículos, disse ontem que os preços dos carros voltarão a subir com o fim dos descontos patrocinados pelo governo. Porém, o efeito no mercado pode ser neutralizado pela redução no custo do crédito, já que existe a expectativa de o Banco Central (BC) começar a cortar os juros de referência, a Selic, no mês que vem.

"Uma coisa pode compensar a outra, e o mercado manter a normalidade", disse o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, durante apresentação à imprensa dos resultados do setor em junho.

Quando anunciou a medida no mês passado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, argumentou que o objetivo era justamente ajudar a indústria, que vinha de resultados frustrantes, a fazer a travessia até o início do ciclo de redução de juros. Com a redução das taxas de financiamento, espera-se que o setor possa caminhar com as próprias pernas.

Monitoramento

A Anfavea vai monitorar o comportamento do mercado sem os estímulos. Aproximadamente 79 mil veículos comercializados com os descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil permitidos pelos créditos tributários ainda vão aparecer nas estatísticas de julho. Isso porque existe uma defasagem entre a venda e a entrega dos automóveis.

Por enquanto, a associação das montadoras prefere não mudar a previsão que aponta um crescimento de 3%, para 2,17 milhões de unidades, das vendas de veículos neste ano. (COLABOROU AMANDA PUPO)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leia Também: Governo de Tarcísio quer que Bolsonaro pague multa por não usar máscara na pandemia

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Viih Tube Há 10 Horas

Viih Tube permanece na UTI após complicações no pós-parto de Ravi

mundo Dylan Thomas Há 10 Horas

Herdeiro de R$ 1,6 bilhão, de 24 anos, é preso após matar amigo

fama Viih Tube Há 11 Horas

Viih Tube vai para UTI e passa por transfusão após complicações no parto

fama Miguel Azevedo Há 10 Horas

Filho do cantor gospel J Neto morre um mês após pai sofrer infarto

politica EXPLOSÃO-DF Há 11 Horas

Ex-mulher afirma à PF que autor de explosões planejava matar Moraes

mundo EUA Há 7 Horas

Americano desperta do coma após choque elétrico de 4.160 Volts na cabeça

fama Bia Miranda Há 7 Horas

Bia Miranda revela gravidez de gêmeos e perda de um dos bebês

tech Inteligência Artificial Há 9 Horas

IA do X diz que Musk é um dos principais disseminadores de 'fake news'

fama PAULA-FERNANDES Há 9 Horas

Paula Fernandes rebate boatos de antipatia e faz desabafo nas redes

fama Grammy Latino Há 9 Horas

Grammy Latino 2025: Brasileiros brilham em noite de premiações em Miami