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"Atacar @tarcisiogdf, além de não ser inteligente, é uma grande injustiça. Foi um ministro competente, trabalhador e aceitou a missão de ser candidato a governador de SP por lealdade a @jairbolsonaro. Siga firme, mostrando com trabalho sua importância para SP e o Brasil!", diz na publicação, que acompanha uma fotos dos dois.
O recado de Flávio vem na esteira de uma publicação do ex-presidente, que enalteceu o governador de São Paulo também neste domingo. No registro, Bolsonaro e Tarcísio aparecem se abraçando e, em destaque, há um texto com os dizeres "nossa gestão", citando a obra de duplicação da BR-386/RS, conduzida pelo antigo Ministério da Infraestrutura, que era comandado pelo agora chefe do Executivo paulista. O governador repostou a mensagem.
As duas publicações ocorreram após Tarcísio negar qualquer tensão entre ele e o ex-presidente. Durante uma cerimônia em comemoração à Revolução Constitucionalista de 1932, neste domingo, o governador afirmou sua lealdade e gratidão a Bolsonaro. "Sempre serei leal e terei gratidão a ele. Se estou aqui, devo a ele", disse.
As trocas de afago públicas se dão no contexto de enfraquecimento de Bolsonaro, que se tornou inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e saiu derrotado no embate sobre a votação da reforma tributária, criando atrito até mesmo com o governador aliado.
Em reunião do PL na quinta, Bolsonaro disse que estava 'chateado' com a postura de seu ex-ministro em favor da aprovação da medida. Enquanto Tarcísio explicava seus argumentos em prol da reforma, foi interrompido mais de uma vez pelo ex-presidente: "Pessoal, se o PL estiver unido, não apoia nada". A emenda à Constituição teve o apoio de 20 dos 99 deputados do PL.
Críticas de aliados de Bolsonaro
Na última semana, aliados do ex-presidente também reforçaram o coro contra Tarcísio. Outro filho de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ironizou o governador, afirmando que não era 95%, mas "100% contra a reforma tributária do PT". Na quarta-feira, 5, o governador se encontrou com o ministro Fernando Haddad, onde declarou que concordava em "95%" com o texto.
O deputado Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente, disse em uma postagem na sexta-feira, 7, que os seus seguidores devem se recordar de quem apoiou o projeto e também criticou os "95%" ditos por Tarcísio com uma palavra de baixo calão. "Com essa reforma meia boca, aprovada a toque de caixa, o Brasil em breve ficará 95% f*****. Gravem bem os nomes de quem ajudou a realizar e viabilizar essa c*****", afirmou o parlamentar.
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