Haddad volta atrás e deixa apresentação de reforma da renda 'para o final do ano'

Na semana passada, o ministro havia dito que não iria esperar a conclusão da reforma sobre o consumo - aprovada na Câmara no início do mês e que começará a tramitar no Senado em agosto, após o fim do recesso parlamentar - para enviar a proposta do governo para renda e patrimônio

© Getty

Economia Haddad 19/07/23 POR Estadao Conteudo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recuou e afirmou nesta terça, 18, que o governo vai apresentar uma proposta de reforma da tributação sobre a renda só depois de o Congresso concluir a votação do texto que trata dos impostos sobre o consumo de bens e serviços.

PUB

Na semana passada, o ministro havia dito que não iria esperar a conclusão da reforma sobre o consumo - aprovada na Câmara no início do mês e que começará a tramitar no Senado em agosto, após o fim do recesso parlamentar - para enviar a proposta do governo para renda e patrimônio.

"Só depois da aprovação da reforma tributária do consumo, mais para o final do ano", afirmou Haddad.

A possibilidade de antecipar a segunda parte da reforma foi levantada pelo ministro durante entrevista ao podcast O Assunto, da jornalista Natuza Nery, no portal G1. Segundo ele, a nova fase da reforma tributária precisaria ser remetida ao Congresso com o projeto do Orçamento de 2024.

Por trás dessa manobra, estava a avaliação de que o governo precisa incluir na proposta de Orçamento o aumento de arrecadação com medidas que estarão nessa segunda etapa da reforma tributária e, assim, garantir o cumprimento das metas do novo arcabouço fiscal - que prevê déficit zero nas contas públicas no próximo ano.

Na mira do governo, estão a volta da tributação de lucros e dividendos recebidos por pessoas físicas que são acionistas de empresas, e o corte de renúncias fiscais concedidas no IR. Para entrar em vigor em 2024, essas medidas têm de ser aprovadas até o fim do ano. É que a legislação tem uma regra que determina que, para aumentar imposto, o início da vigência só pode acontecer no ano seguinte.

A proposta gerou resistência no Congresso. Em entrevista ao Estadão, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, chegou a dizer que Haddad não iria antecipar o envio da segunda fase se isso pudesse atrapalhar a tramitação atual, tampouco sem "combinar" com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Folha de pagamento

Ainda sobre a reforma tributária, Haddad disse ontem que a ideia inicial é de que a desoneração (redução de encargos fiscais) da folha de pagamento de salários também entre de "forma combinada" nessa segunda fase da proposta. Para o ministro, seria ruim "misturar" a discussão da folha de pagamento com a reforma que está agora no Senado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leia Também: Governo vai pagar bônus a servidores para reduzir fila de 1,8 milhão de pedidos do INSS

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 4 Horas

Morre ator Ney Latorraca, aos 80 anos

fama Saúde Há 23 Horas

Filho de Faustão fala sobre a saúde do pai após transplantes

mundo Cazaquistão Há 4 Horas

Nevoeiro, aves, míssil russo… O que se sabe sobre a queda de avião?

mundo Avião Há 5 Horas

Corpo é encontrado no trem de pouso de avião no Havai

mundo Investigação Há 1 Hora

Laudo aponta que míssil da Rússia derrubou avião no Cazaquistão

fama Festas Há 5 Horas

Filho de Leonardo, João Guilherme dispensa Natal do pai e passa com Xuxa

fama Bebê Há 7 Horas

Neymar será pai pela quarta vez e terá segunda filha com Bruna Biancardi

fama Natal 25/12/24

Ludmilla e Brunna distribuem cestas básicas em Duque de Caxias

tech Brasil Há 15 Horas

Aplicativo sobre de prevenção de desastres já tem 2 mil downloads

fama Celebridades Há 14 Horas

Por que esses famosos não comemoram o Natal?