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(FOLHAPRESS) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), voltou a defender nesta quinta-feira (20) a redução da taxa básica de juros (Selic) como forma de estimular a economia brasileira.
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Ao ser questionado sobre a expectativa para a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), agendada para os dias 1º e 2 de agosto, Haddad disse que espera "um retorno" do colegiado do BC (Banco Central) em razão do "esforço feito" na área econômica.
A Selic está em 13,75% ao ano. Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vêm pressionando o BC por uma queda na taxa de juros.
"As entregas que foram feitas ao longo do ano não têm precedente, o que o Congresso trabalhou, o que o Judiciário trabalhou para ajudar a arrumar a casa, totalmente bagunçada em 2022. Não me lembro, desde que acompanho economia, de um semestre tão produtivo", disse Haddad.
"O que se espera é que haja uma reação compatível [do BC]. Do ponto de vista da autoridade monetária, se espera um retorno do esforço que foi feito. Evidentemente, do meu ponto de vista, há algum tempo temos espaço para caminhar para a mesma direção", completou.
A declaração ocorreu em entrevista a jornalistas no Rio de Janeiro, onde o ministro participou do lançamento de uma agenda com propostas de reformas financeiras para o ciclo 2023-2024.
Essa agenda, segundo o governo, busca promover aprimoramentos regulatórios e aumentar a eficiência dos mercados financeiros, de capitais, seguros, capitalização e previdência complementar aberta. São propostas de caráter microeconômico que estão sendo discutidas com representantes dos respectivos setores.
Na entrevista, Haddad disse que a Reforma Tributária é a "mãe" de todas as reformas e também procurou defender outros projetos do governo, como o arcabouço fiscal.
Para o ministro, a economia tem a oportunidade de "deslanchar" se o país souber fazer o que tem de ser feito.
"Economia tem muito de Fórmula 1: você tem de acertar o carro", disse. "Não adianta andar para frente. Tem de andar mais rápido do que os outros".
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