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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O sargento Paulo Cesar Albuquerque, do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, foi condenado a 12 anos de prisão pela tentativa de homicídio contra um atendente do MCDonald´s, em maio do ano passado.
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A sentença foi lida na noite desta quinta-feira (27) pelo juiz Gustavo Kalil, que presidiu a sessão do 4º Tribunal do Júri do Rio, no fórum central da cidade. Além da prisão, a Justiça determinou o pagamento de indenização de R$ 100 mil por danos morais ao atendente.
Mateus Domingos Carvalho foi baleado quando trabalhava em uma unidade da Taquara, zona oeste do Rio. O sargento teria ficado irritado por não conseguir usar um cupom de desconto de R$ 4.
Segundo a vítima e outras testemunhas, o cliente estava no drive-thru da loja e queria adicionar um cupom promocional depois que o pedido já havia sido fechado. Mateus teria informado que não seria possível. Nesse momento, Paulo Cesar teria ficado irritado, quebrado a proteção de acrílico e dado um soco em Mateus, que revidou a agressão.
Segundo o processo judicial, imagens das câmeras de segurança do estabelecimento mostram o sargento entrando na loja com uma arma na mão e atirando em Mateus.
A bala atingiu o rim esquerdo e o intestino grosso do atendente. Mateus sobreviveu, mas passou por cirurgias e ainda tem sequelas: perdeu um rim e parte do intestino, ficou com uma lesão na coluna, toma remédio para dormir e foi aposentado por invalidez.
O jovem, que tinha 21 anos quando foi baleado, adiou o sonho de cursar faculdade de veterinária.
Em sua defesa, o bombeiro afirmou que atirou acidentalmente e alegou que havia consumido bebida alcoólica e remédios controlados. Também disse que estava com problemas pessoais e contou ter sofrido uma ofensa homofóbica por parte de Mateus.
Paulo Cesar está preso desde maio de 2022 em uma unidade do Corpo de Bombeiros. Na sentença, o juiz decretou a perda do cargo de bombeiro, mas ainda há recursos e a medida só valerá após trânsito em julgado da sentença.
O McDonald's lamentou o crime e disse que prestou socorro imediato ao funcionário, além de colaborar com as investigações.