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Pelo terceiro ano seguido, Palmeiras e Atlético Mineiro se encontram no mata-mata da Libertadores. Rivais nas semifinais em 2021 e nas quartas em 2022, eles se encaram, desta vez, nas oitavas. Paulistas e mineiros começam a decidir quem avançar no torneio continental nesta quarta, às 21h30, no Mineirão, em Belo Horizonte.
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O segundo e decisivo duelo das oitavas será daqui a uma semana, dia 9 de agosto, às 21h30, no Allianz Parque. O vencedor da classificatória irá enfrentar nas quartas Deportivo Pereira, da Colômbia, ou Independiente Del Valle, do Equador.
Tanto em 2021 quanto no ano passado, os quatro jogos entre os rivais terminaram empatados e o Palmeiras avançou de fase nas duas ocasiões. Primeiro pelo peso do gol marcado fora de casa - critério extinto no ano seguinte - depois pela maior competência nas penalidades. "Já mostramos que somos competentes, especialmente nessas competições de mata-mata", afirmou o atacante Artur, um dos dois reforços que o clube contratou em 2023.
Bicampeão da Libertadores, Abel Ferreira não considera que o Atlético seja seu "freguês". Disse não gostar dessa expressão porque ele não entra em campo. Quem jogam são seus atletas. "O Abel Ferreira não joga contra ninguém", rebateu, incomodado com a pergunta de um repórter três dias antes da partida.
O português continua ácido no tratamento com a imprensa. As críticas, segundo ele, lhe dão "gasolina". Mas agora se mostra mais relaxado diante do retorno da boa forma de alguns de seus principais atletas. Rony marcou dois gols contra o América-MG no último domingo, e Raphael Veiga também voltou a brilhar com gols e assistências.
"Os nossos jogadores encararam de forma séria, eles estão a voltar em boa forma física, foi isso que nos afetou no último mês", avaliou o técnico. "Eles merecem meu respeito e admiração porque mesmo com o barulho que fazem lá fora mantêm a cabeça boa para bloquear e fazer aquilo que bem sabem, que é treinar e se preparar para os jogos", completou, sem especificar de quem parte "o barulho que fazem lá fora".
Resta saber se Dudu, outro dos pilares da equipe, estará em campo. Ele não jogou mais desde que a equipe caiu para o São Paulo na Copa do Brasil. A versão oficial do clube é de que o camisa 7 fazia um cronograma individualizado para tratar dores na panturrilha direta. O atacante participou dos últimos dois treinos, mas não é certo que jogará. "Sobre o Dudu, vamos ver", limitou-se a dizer o treinador.
ÍDOLO E ALGOZ
O tricampeão Palmeiras tornou-se copeiro na Libertadores. Prova disso é que joga as oitavas de final pela sétima edição consecutiva e é dono das melhores marcas entre clubes brasileiros no torneio.
Ocorre que, do outro lado estará Luiz Felipe Scolari, responsável pela primeira e até então única eliminação de Abel na Libertadores. O veterano treinador ídolo palmeirense não ganhou um jogo sequer desde que foi escolhido para substituir Eduardo Coudet no Atlético-MG, mas foi ele, no comando do Athletico-PR, o algoz do Palmeiras nas semifinais da competição continental no ano passado. Na decisão, seu time foi derrotado pelo Flamengo.
Embora seja péssimo o início de Felipão em Belo Horizonte, é nele e na qualidade do estrelado elenco que os atleticanos apostam. "Os jogadores vão se dedicar mais do que nunca. Vamos trabalhar o aspecto psicológico", disse Felipão.
O treinador amarga oito partidas sem vitória à frente do Atlético. São quatro empates e quatro derrotas. O último triunfo ocorreu há quase dois meses, ainda sob o comando de Coudet. Considerando o tropeço também quando o argentino era o técnico, são nove partidas consecutivas sem vitória, o que representa o pior jejum do clube desde 2011.
"Nós todos sentimos, temos vergonha, tristeza porque fazemos do nosso trabalho nossa casa, nossa vida, o sonho. E não estamos conseguindo, não por falta de vontade, mas porque esse é o momento", tentou explicar o veterano treinador. Ele tem todo o elenco à disposição para tentar virar a maré a seu favor.
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