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Demência é um termo usado para representar um grupo de doenças em que o indivíduo perde gradativamente a cognição e a capacidade de realizar atividades diárias, desde o planejamento até a execução de uma tarefa simples, o que torna difícil manter uma vida independente. Segundo o médico Fernando Freua, neurologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, um dos principais hubs de saúde de excelência do Brasil, o diagnóstico precoce é fundamental para eleger o melhor tratamento e garantir mais qualidade de vida para quem enfrenta essa condição.
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Um artigo publicado na revista científica Journal of Gerontology¹, por duas pesquisadoras da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), aponta que ao menos 1,76 milhão de brasileiros com mais de 60 anos vivem com alguma forma de demência, sendo que de 40% a 60% desses casos são de Alzheimer. O total de diagnósticos em 2019 foi cerca de 20% maior do que o de quatro anos antes, quando se estimava haver 1,48 milhão de pessoas com demência no Brasil. E esse número deve continuar crescendo, podendo chegar a 2,78 milhões no final desta década e a 5,5 milhões em 2050.
Segundo Freua, as demências de caráter neurodegenerativo, como o Alzheimer, possuem os mesmos fatores de risco das doenças cardiovasculares: alimentação desbalanceada, colesterol, glicemia e hipertensão mal controlados, sedentarismo e idade avançada. "A demência pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas o Alzheimer é mais comum na terceira idade, quando os fatores genéticos podem contribuir para o desenvolvimento da doença”, conta o médico.
Diagnóstico e tratamento
Os sintomas da doença podem variar bastante, mas existem alguns sinais de alerta que merecem atenção. “No início, o paciente com Alzheimer apresenta lapsos de memória recente que prejudicam o dia a dia, trazendo dificuldade de aprendizado e de tomada de decisões, perda de interesse nas atividades que antes eram prazerosas e mudanças de humor. Nesse estágio inicial é muito importante buscar um diagnóstico", afirma o especialista.
Infelizmente, não há nenhum tratamento que seja capaz de reverter completamente o quadro da doença, mas quando diagnosticada precocemente, é possível retardar o seu avanço. “Quando antes for descoberta, maiores serão as chances de controlar os sintomas, proporcionando uma melhor qualidade de vida para o paciente”, diz o médico da BP. Além do tratamento medicamentoso, existem algumas atividades que também podem trazer benefícios para o paciente, como musicoterapia, psicoterapia, terapia ocupacional, fisioterapia e atividades físicas leves.