© Getty Images
Nikolas, que já se apresentou como "deputada Nikole" na Câmara, perguntou a ministra se homem pode menstruar. A indagação era uma crítica a uma publicação do Ministério da Saúde que se refere a "pessoas que menstruam". O deputado bolsonarista disse que o texto do ministério era "papelete ridículo escrito por DCE de esquerda de (universidade) federal".
"Vocês estão querendo reduzir mulher a apenas mulheres que menstruam. Pergunto: um homem tem condição de menstruar?", indagou o deputado.
"Nem vou comentar sobre bizarrices", respondeu Nísia. Ela disse que a transexualidade é uma questão "complexa" e que a pasta continuará a cumprir a idade mínima de 18 anos para a transição sexual, como estabelece o Sistema Universal de Saúde (SUS). O episódio gerou um bate-boca generalizado entre deputados do governo e da oposição.
Nísia foi à Câmara prestar esclarecimentos sobre os trabalhos do ministério à Comissão de Fiscalização FInanceira e Controle, controlada por deputados apoiadores de Jair Bolsonaro. Ela falou sobre a não incorporação da vacina japonesa contra a dengue ao SUS e também precisou voltar para as vacinas contra a covid-19.
A presidente da comissão, Bia Kicis (PL-DF) levantou a discussão. "Na pandemia vivemos uma loucura que questionar, querer um pouco mais de segurança virou um crime", disse. Segundo a deputada, havia problemas sérios sobre a vacina "experimental" que reduziu bruscamente as taxas de mortalidade de covid-19. Ela não apresentou provas. "Há que se separar questionamentos e o processo de uma ciência. A vacina experimental é uma tese equivocada. Digo em minha experiência científica. Ela passou por ensaios clínicos e aprovada pela Anvisa", afirmou Nísia.
PUB