© <p>Getty Images</p>
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Três meses de greve dos profissionais da indústria de entretenimento de Hollywood já começam a pesar nos bolsos dos artistas. O ator Billy Porter anunciou que irá vender sua casa na ilha de Long Island, próxima a Nova York, Estados Unidos. O vencedor do Emmy de melhor ator em série dramática em 2019, por seu trabalho em "Pose", enfrenta sérios problemas financeiros.
PUB
"Preciso vender minha casa porque ainda não sei quando voltaremos a trabalhar e as contas não param de chegar", afirmou em uma entrevista ao jornal britânico Evening Standard. Ele continuou no desabafo: "A vida de um artista, até você ganhar algum dinheiro, algo que não consegui, depende de cada cheque. Deveria estar gravando um filme e tinha um show em setembro. Nenhum deles irá acontecer."
Porter ainda comentou que a casa tinha sido comprada por ele e seu agora ex-marido em outubro de 2020 por US$ 1,4 milhão (R$ 6,86 milhões). Segundo a imprensa internacional, o imóvel está atualmente avaliado em US$ 2,3 milhões (R$ 11,27 milhões). Construída em 1970, a propriedade possui quatro quartos, cinco banheiros e outras dependências luxuosas, sendo que a manutenção mensal é alta.
Porter também reclamou de um comentário feito por um executivo, que não se identificou, em uma entrevista ao site Deadline logo no início das greves: "A estratégia será prolongar as coisas até que os membros dos sindicatos comecem a perder seus apartamentos e casas."
"Aquela pessoa que disse 'vamos fazer com que eles se sintam apertados até que tenham que vender seus apartamentos'. Bem, aqui está, você me fez passar por dificuldades", lamentou o ator.
O Screen Actors Guild (SAG-AFTRA - Sindicato dos Atores e Federação Americana de Artistas de Televisão, em português), a associação que representa mais de 160 mil profissionais do audiovisual nos Estados Unidos, incluindo seus principais atores e atrizes, entrou em greve em 17 de julho. O Writers Guild of America (WGA) está em paralisação desde 2 de maio. É a primeira vez em 63 anos que atores e roteiristas interrompem suas atividades ao mesmo tempo.