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O que mudou no PSG desde a última temporada e o que o torcedor pode esperar do time em campo? Às vésperas da estreia na Ligue 1, a equipe estrear sem o trio ofensivo das últimas duas temporadas. Messi é o único que não está mais no elenco, mas Neymar teria informado seu estafe e o presidente Nasser Al-Khelaifi que não pretende seguir no grupo em 2023/2024.
O brasileiro treina com os companheiros, apesar de não ter participado da sessão de fotos do elenco. O mesmo ocorre com Verrati. As principais críticas da direção do PSG à Neymar - e que rendem reclamações da torcida, pelas ruas de Paris e no Parque dos Príncipes - é a falta de comprometimento e as diversas lesões em seu período na França.
Neymar comunicou sua vontade ao presidente Nasser Al-Khelaifi no último domingo. Junto ao mandatário do clube, informou seu desejo de deixar a França. O atacante esteve fora de ação nos últimos cinco meses por causa de lesão no tornozelo. Desde que chegou, já perdeu 741 dias por contusão - esta última, a mais longa de sua carreira. Cerca de duas temporadas, das seis que defendeu o PSG, ele não pôde jogar.
A ausência de Mbappé é ainda mais delicada. O atacante tem vínculo com o clube até junho de 2024, mas pode sair de graça caso não renove com o PSG. O clube busca um acordo - uma das propostas é uma extensão contratual, com uma cláusula de liberação em caso de ativação da multa rescisória -, mas sem sucesso entre as partes. O principal destino é o Real Madrid, que não se manifestou sobre imbróglio na França até o momento. Recentemente, o clube contratou Jude Bellingham por mais de 100 milhões de euros e não teria como gastar com o camisa 7 neste momento.
CONTRATAÇÕES
"Me comprometi a formar um time, não tenho dúvida de que vou conseguir e que os torcedores do PSG vão gostar", declarou o treinador espanhol, que assinou contrato de dois anos. "Quando estamos na elite do futebol, vemos do que somos capazes. Estou muito feliz de estar aqui, de aprender um novo idioma e conhecer uma cidade e um país maravilhosos."
A forma como Luis Enrique tem articulado as peças do elenco e as situações de Neymar e Mbappé, principalmente, indica que ele tem o aval e a confiança da diretoria. Os últimos treinadores, como Tuchel, Pochettino e Galtier, declararam em diversos momentos que os jogadores badalados do PSG seriam o centro das ações ofensivas. Na Liga dos Campeões de 2021/2022, sob o comando do atual técnico do Chelsea, o trio ofensivo raramente voltava para marcar; contra o Manchester City, fora de casa, em diversos momentos os franceses se defenderam com sete jogadores, enquanto Messi, Mbappé e Neymar restringiam-se aos contra-ataques.
A saída de Sergio Ramos foi outro indicativo de que o PSG não vai manter o planejamento esportivo dos últimos seis anos. Além de Luis Enrique, a equipe contratou oito jogadores na última janela de transferências, para todas as funções em campo: Arnau Tenas, goleiro; Lucas Hernández e Milan Skriniar, zagueiros; Manuel Ugarte, Kang-In Lee - coreano que se aproximou de Neymar durante a pré-temporada - e Cher Ndour, meio-campistas; Marco Asensio e Gonçalo Ramos, principal contratação da janela, são os atacantes que fecham a lista até o momento.
O mercado europeu fica aberto até o início de setembro, mas o PSG não deve ter mais nenhuma contratação de peso nesta janela. No último mês, chegou a negociar com Bernardo Silva, do Manchester City, mas as conversas não avançaram. Os oito novos nomes, que irão compor o elenco de Luis Enrique, podem ser titulares da equipe, principalmente Asensio, Skriniar e Gonçalo Ramos, apesar do pouco tempo de casa. Foras gastos 155 milhões de euros (R$ 830 milhões) com esses novos jogadores.
METAS DO PSG
O PSG estreia neste sábado, contra o Lorient, pelo Campeonato Francês. Atual campeão, a competição não é o foco do clube pelo alto investimento do fundo catariano, mas sim a Liga dos Campeões, obsessão e que fez com que investisse tanto em Neymar no passado.
O time francês já está na fase de grupos da competição e é cabeça de chave, mas ainda não conhece seus adversários. O sorteio acontece no dia 31 de agosto, às vésperas do fechamento da janela de transferências.
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