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"Uma das explicações é a queda do dólar. Só este ano, o dólar registra desvalorização de 8,4%. Com isso, o preço em real do produto exportado diminui e, ao mesmo tempo, o custo das matérias-primas que são importadas também fica menor", explicou Murilo Alvim, analista do IPP, em nota oficial.
No mês de julho, as reduções de preços mais acentuadas ocorreram em refino de petróleo e biocombustíveis (-2,91%), metalurgia (-2,59%), produtos de metal (-1,98%) e outros produtos químicos (-1,79%).
As maiores contribuições para a deflação na indústria partiram de alimentos (queda de 1,36% e impacto de -0,33 ponto porcentual), refino de petróleo e biocombustíveis (impacto de -0,29 ponto porcentual) e metalurgia (-0,17 ponto porcentual).
"Além do dólar, há uma tendência de queda em diversas commodities. Com isso, o setor de alimentos apresentou maiores reduções nos grupos de carnes e laticínios, explicadas pela diminuição do custo de aquisição de commodities como o milho e soja, que são os principais componentes da ração para os animais", completou Alvim.
Já a alta de 5,08% nos preços das indústrias extrativas gerou uma pressão de 0,22 ponto porcentual, impedindo uma deflação ainda maior no IPP do mês. Tanto o minério de ferro quanto o óleo bruto de petróleo registraram aumentos de preços em julho.
"O aumento observado nos preços do petróleo em julho está ligado à expectativa do mercado por uma redução global da oferta do produto, após a diminuição de estoque nos EUA e corte na produção de países como Arábia Saudita e Rússia", justificou o analista do IPP.
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